segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Goleada à moda antiga

Avassalador! Demolidor! Um autêntico cilindro chamado Sport Lisboa e Benfica que estendeu e esmagou um muito frágil Vitória de Setúbal no tapete da liga portuguesa de futebol... Uma autêntica goleada à moda antiga como à muito não se via na Luz!

Sendo o jogo da terceira jornada à segunda-feira e estando eu em Lisboa, já tinha decidido que iria ver o jogo ao estádio à algum tempo. Quando o primo Jorge me diz que ia estar em Lisboa de férias com as irmãs e com o Nelson durante essa semana, isso incentivou-me ainda mais a ir ver o jogo e lá acabou por ir a prima Xanita à casa do Benfica do Fundão comprar os cinco bilhetes...

Foi sair do trabalho e ir direitinho para o estádio, sem sequer passar por casa para trocar de roupa e ir mais à vontade... É certo que cheguei em cima da hora, numa altura em que já estavam a entrar em campo os jogadores e acabei por nem ver o voo imperial da águia Vitória... No entanto, vi o mais importante: uma autêntica chuva de golos, um verdadeiro massacre num jogo de apenas um sentido e que resultou num magnífico resultado de 8-1!!!

Lá estava eu, em plena central na bancada Meo, quase junto à relva na segunda fila, mesmo em frente à linha de meio campo! Que lugar espectacular para ver o jogo! A emoção de festejar cada golo (e foram logo oito!) num ambiente fantástico, um público que entoava cânticos e gritava Benfica! Benfica! Benfica! em uníssono, uma claque que, embora com todos os defeitos e problemas que tem, não se cansou de gritar e aplaudir durante todo o jogo... Um dos momentos mais bonitos talvez tenha sido a longa onda criada e que percorreu quase quatro voltas completas e seguidas ao estádio! Impressionante mesmo!

Mais de quarenta mil espectadores num jogo contra um adversário fraco e já em dias de semana e trabalho... Só este facto implica logo que muita gente não se possa deslocar a Lisboa para ver o jogo, caso contrário a assistência poderia ser ainda maior... E se o adversário for mais desafiante, mais público deverá ter ainda... E se os bons resultados começarem a aparecer, acho que se pode antecipar a melhor média de assistências das últimas épocas!

O bom futebol praticado por esta equipa orientada pelo Jorge Jesus tem dado nas vistas e a diferença relativamente ao do ano passado com o Quique Flores aos comandos é notório... É verdade que houve alguns reforços importantes, como o Saviola ou o Javi Garcia por exemplo, mas o que é certo é que muitos deles já estavam cá o ano passado e o resultado foi o que se viu... E é impressionante ver as alterações na forma de jogar do Aimar, ver um Di Maria que cada vez mais dá nas vistas, um Fábio Coentrão que andava emprestado não sei muito bem porquê e um David Luiz que definitivamente é infinitamente melhor a jogar a central... É verdade que alguns jogadores são um pouco mais velhos, mas quando se repara bem nas idades vê-se muita gente na casa dos vinte e poucos anos... Deixem jogar os miúdos e tratem de garantir que os conseguem manter, porque esta juventude promete!

E já que falei nos treinadores, refiro ainda outro pormenor interessante: todos os treinados da primeira liga são de nacionalidade portuguesa, o que significa que de facto os treinadores portugueses têm bastante qualidade... É verdade que a crise aperta, mas principalmente os três grandes continuam certamente com posses para pagar um estrangeiro... E mesmo os clubes mais pequenos, também me parece que conseguiriam facilmente contratar um qualquer treinador brasileiro a preços mais baixos do que aqueles que pagam actualmente...

Voltando mas é ao que interessa: a forma como são feitos os passes, os ataques, a maior pressão e agressividade, a entrega e a dedicação ao jogo, são suficientes para começar a empolgar os sócios e adeptos... Ninguém se queixou por exemplo da derrota com o Atlético de Madrid na apresentação, já que a exibição foi muito boa...

Só foi pena aquele golo do Setúbal marcado já nos instantes finais do jogo e que estragou um bocadinho a festa... Uma grande desconcentração do David Luiz e do Quim, que permitiram em conjunto que as redes da baliza do Glorioso fossem violadas... No entanto, não crucifico ninguém... Tomara eu que estes dois senhores tivessem a grande desconcentração sempre aos 92 minutos de cada jogo e o resultado final fosse igual ao de hoje! Melhor ainda, até podia ser apenas 2-1, chegava perfeitamente para ganhar!!!

Só é pena virem aí os jogos das selecções nacionais, já que agora o ritmo vai ser um pouco quebrado... Cada vez ligo menos à selecção portuguesa, ainda por cima com o número crescente de jogadores naturalizados que estão a tornar Portugal numa equipa B do Brasil... Na minha opinião a melhor selecção dos últimos anos é sem dúvida a do Euro 2000, orientada por Humberto Coelho e com Figo, Rui Costa, João Pinto, Nuno Gomes, Sérgio Conceição e companhia no seu auge. Estou-me a esquecer da selecção que foi à final do Euro 2004 com Scolari na batuta pensam vocês... Não me esqueci, mas sou da opinião que um dos principais responsáveis por esse sucesso se chama José Mourinho... Essa selecção tinha como grande base os jogadores de uma excelente equipa na altura (é preciso admitir as evidências), o FC Porto, que tinha ganho dois campeonatos, uma UEFA e uma Champions nos últimos dois anos... Assim sendo, não era preciso inventar propriamente muito, certo? Soma-se a isto um Ronaldo endiabrado no ataque e um Ricardo que por acaso andou inspirado na baliza e está tudo mais que resolvido. É só seguir a velha máxima do keep it simple...

Como tal, a minha selecção é aquela para a qual pago cotas, equipa de vermelho e branco e chama-se Benfica! Digo e reforço a ideia de que preferia ver o Benfica campeão europeu uma vez do que Portugal dez vezes campeão do mundo! Era algo que eu trocaria de bom grado! Assim sendo, só espero é que não haja qualquer lesão em jogadores benfiquistas durante esses jogos e de preferência que nem sequer joguem para não haver surpresas... Gosto obviamente que a selecção ganhe, mas o coração bate muito mais forte pelo SLB...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Joelho à Mantorras

Lembram-se do post que escrevi sobre a primeira ida a Sangano, já no longínquo mês de Novembro do ano passado e durante a minha primeira estadia em Angola? Pois é, já se passou algum tempo desde essa ocasião, mas os mais esquecidos podem sempre recordar esse texto aqui. Também os que nessa aventura participaram podem matar as suas saudades e relembrar um fim de semana muito bem passado.

Apesar de ser uma praia que adoro e sem dúvida a minha preferida em terras angolanas até ao momento, guardo uma má recordação dessa praia, que aconteceu precisamente no primeiro dia em que fui até lá, logo no primeiro mergulho que dei naquelas águas agitadas: torci o joelho direito ao sair da água... É talvez a única má recordação que guardo daquele local!

Dores algo intensas na altura, que entretanto foram passando com o tempo, mas que nunca chegaram a desaparecer completamente... Sempre que jogava uma futebolada, sempre que fazia alguma actividade física que envolvesse maior esforço, tão simples como nadar de forma mais prolongada, caminhar em terrenos mais acidentados, andar depressa ou pura e simplesmente fazer um movimento menos normal, lá voltavam as dores para me chatear... Mesmo quando as dores voltavam, nunca foram dores que considerasse insuportáveis mas, ao jogar futebol principalmente, comecei a resguardar-me de movimentos mais bruscos ou exigentes, evitava fazer remates mais violentos e possíveis choques, comecei a jogar com joelho elástico, enfim adoptei uma série de precauções para me proteger um pouco...

Acontece que, após tanto tempo em que os momentos em que tudo parecia estar bem alternavam com os momentos em que algumas dores voltavam, decidi finalmente deixar de ignorar o tema e consultar um ortopedista... Os resultados da consulta não foram propriamente animadores para o meu lado... Após observar o joelho, efectuar algumas massagens ao joelho e efectuar vários movimentos com a perna que implicaram algumas dores, a conclusão inicial a que o médico chegou, sem ter ainda qualquer exame adicional que comprove o seu diagnóstico, foi uma possível rotura do menisco do joelho direito... Até fiquei branco quando o ouvi referir essa possibilidade... Uma coisita aparentemente de nada que aconteceu ao sair do mar e dá num diagnóstico destes? Apetece-me escrever aqui um grande palavrão, mas não o irei fazer de modo a manter algum respeito neste blog...

A ressonância magnética e os dois raios X que vou fazer na terça-feira ao final da tarde podem ter dois efeitos: provocar-me um grande suspiro de alívio caso seja algo bem mais simples ou provocar-me um desânimo de todo o tamanho... Mas pronto, espero pelo menos que surja alguma indicação inicial sobre o resultado dos exames ainda antes de os ir mostrar ao médico numa nova consulta, pelo menos para eu ficar um pouco mais descansado ou, pelo contrário, me ir preparando para o pior...

Caso o problema seja de facto uma rotura do menisco, os meus próximos tempos não se adivinham nada fáceis... Uma rotura do menisco é algo que vai cicatrizando lentamente e, caso seja uma rotura pequena e numa zona em que de facto essa cicatrização ocorra devagar mas sem problemas, o tratamento será conservador: eventualmente alguma fisioterapia e deixar ir cicatrizando por si, evitando fazer esforços. Pelo contrário, se for uma rotura de maiores dimensões ou caso se encontre numa zona em que a cicatrização normal não aconteça, o meu destino é o bloco operatório, ao qual se seguirá certamente um longo período de recuperação...

Resta-me apenas aguardar pelo resultado dos exames, perceber em que estado se encontra este joelho à Mantorras e esperar que não seja nada de grave...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

El Metralha

Se há coisas que eu ganhei desde que entrei para a empresa onde trabalho e, mais concretamente, para o mega projecto em que tenho estado desde então, são alcunhas... Devo ser provavelmente das pessoas, senão mesmo a pessoa, com mais alcunhas no projecto, sendo naturalmente algumas mais engraçadas que outras: seja pelo nome da minha terra que é esquisito, seja pela pronúncia engraçada ao falar, seja por trocadilhos com o nome, seja por características físicas, enfim... Se eventualmente me pedirem para as dizer todas, acho que o mais certo é esquecer-me de alguma(s) e talvez só com a ajuda de toda a gente as consiga reunir todas!

Uma das alcunhas mais recentes e que surgiu devido à minha barba algo serrada foi Metralha. E conciliando isso com o facto de um dos meus nomes ser Barbudo, não foi preciso muito mais... É o que dá ter um chefe bastante divertido! É verdade que, como seria de esperar, de vez em quando também vai dando na cabeça ao pessoal, mas também em muitas ocasiões anima a malta com grande sentido de humor! Eu sei bem a barba que tenho e, se por acaso não a corto um dia de manhã, os efeitos são notórios e percebe-se que houve ali qualquer coisa que falhou: seja preguicite aguda, seja uns minutos a mais de sono que me atrasam, seja outro motivo qualquer, enfim nota-se!

E foi precisamente numa destas ocasiões que surgiu mais esta alcunha, julgo eu num daqueles fins de semana passados em Angola em que foi preciso trabalhar, mas em que o dress code passava de típico business durante a semana para casual... Como tal, também passava a haver tolerância relativamente a barba não cortada, o que fez com que ele se chegasse ao pé de mim a rir e dissesse "Só te falta o número na camisola!... Pareces mesmo um dos metralhas!". E com a continuação dessa brincadeira e da risota geral instalada quando ele se virava e dizia algo do género "Cada vez que olho para ele só me vem um metralha à cabeça...", o nome pegou mesmo de estaca... E agora, basta aparecer um dia de barba por cortar e lá volta o nome à baila novamente...

Mas se quem achava que um ou dois dias sem cortar a barba bastavam para o Metralha ser de novo recordado, sei lá o que vão dizer neste momento... Digo isto porque, aproveitando as férias e o maior período sem trabalhar daí resultante, optei por deixar crescer a barba! Tendo em conta que estou de férias à duas semanas e que a última vez que cortei a barba ainda andava eu a stressar fortemente em Angola por não saber do passaporte, imagine-se qual será o efeito...

El Metralha

El Metralha

Agora sim, trata-se do verdadeiro El Metralha! Se bem que, com tudo isto, provavelmente a alcunha será adaptada e promovida a El Talibã... Vamos ver no que dará e, apesar de ainda não ter decidido se a barba é para manter ou não, uma coisa é mais que certa: até ao final das férias, a barba vai-se manter! Quanto muito será apenas aparada e pronto! É preciso comprovar o nome e a própria alcunha!...

sábado, 15 de agosto de 2009

Poste travesso

Já lá vai um pouco distante, mas o ano de 1998 é um daqueles anos que me traz algumas recordações: ano em que se definiram os países pertencentes à zona Euro, ano de criação da empresa Google, ano em que é lançado o Windows 98, ano de Expo em Portugal, ano de Prémio Nobel da Literatura para José Saramago, ano em que a França se sagra campeã do mundo de futebol...

À semelhança de férias anteriores, o meu desporto de eleição nas férias do verão era o ciclismo e tinha imensos quilómetros percorridos de bicicleta pelas redondezas da pacata cidade alpina onde vivem os meus pais. Estando situada mesmo no coração do vale entre as imensas montanhas da zona, Môutiers era a cidade de partida para cada passeio até às estâncias de ski dispersaspelas várias aldeias de montanha: Courchevel, Meribel, Valmorel, Menuires, Val Thorens, La Plagne são vários exemplos disso, chegando ao ponto de percorrer cerca de 60/70 quilómetros diários!

E de todos os dias deste ano que já lá vai um pouco distante, o 15 de Agosto é para mim um dia de más recordações e do qual não me esqueço com grande facilidade... Apesar de ser um feriado, o meu pai saiu cedo para ajudar um casal amigo nas tarefas de reconstrução de uma casa que tinham comprado recentemente e eu, aproveitando a frescura matinal, decidi também sair cedo para dar mais uma voltinha de bicicleta e percorrer a meia dúzia de quilómetros para ir ter com ele... Maldita ideia a minha, mais valia ter ficado a dormir!

Quando cheguei à cave onde guardava a bicicleta, rapidamente detectei que tinha o pneu de trás um pouco vazio... Desconfiando de um furo e com preguiça de verificar o que se passava, acabei por deixar ficar a minha BTT encostada no mesmo sítio e sair com a bicicleta de ciclismo do meu pai... Em pouco menos de meia hora cheguei ao destino e, pouco contente com isso e para não me aborrecer muito, decidi continuar a minha voltinha... Após uma acentuada descida de alguns metros, curva apertada à esquerda, contra-curva apertada à direita, velocidade a mais, bicicleta à qual eu não estava habituado, rodas fininhas, obstáculos existentes na estrada, ser ofuscado pelo sol: conjuntura perfeita!...

Só dei conta de passar sobre uma pedra, perder o controlo da bicicleta e, azar dos azares, onde é que eu fui parar? O título do post deixa adivinhar, não deixa? Precisamente contra um poste de electricidade existente na berma e assente sobre uma base de granito: poste travesso... Cada vez que me lembro do estado em que fiquei, bem como do estado em que a própria bicicleta ficou, até me arrepio! Saindo com algum custo da bicicleta e sentindo uma dor forte na cabeça, a reacção instantânea foi levar a mão à cabeça e sentir de imediato sangue... Ops!... Felizmente estava ainda pertíssimo da casa dos amigos dos meus pais e caminhei para lá: lembro-me perfeitamente da reacção da Inês quando me viu chegar naquele estado, desatando de imediato aos gritos a chamar pelo meu pai e a tentar estancar a hemorragia com um pano húmido...

E a cara do médico que me recebeu nas urgências do hospital? Medo, o homem até levou as mãos à cabeça! Já com a ferida controlada, estive à vontade meia hora deitado numa maca a responder a um monte de perguntas que o médico e as enfermeiras insistiram em fazer-me para confirmarem que não tinha nenhum problema de amnésia resultante da pancada... Amnésia nem vê-la, mas se calhar foi por causa disto que eu fiquei um bocado maluco :) (antecipo já a possível boca...)! Depois de uma manhã no hospital, o resultado foi nada mais nada menos que 14 pontos na testa, 3 na sobrancelha e 1 no canto do olho esquerdo, acrescentando ainda um pequeno "massacre" no ombro esquerdo que acabaria por resultar numa infecção ligeira uns dias mais tarde...

Já depois de sair das urgências do hospital e passando pelo local onde estava a bicicleta, até me deixei rir... A bicicleta estava mais que pronta para ir para a sucata: o pneu da frente rebentou, a jante ficou oval, os travões da frente partiram, o pequeno farol que tinha à frente desapareceu, o garfo amolgou todo para trás ao ponto de a roda encostar no quadro, o quadro torceu e ficou com um vinco bem notório... Devagarinho é que eu não ia de certeza!

A reacção a quente a isto tudo foi a de nunca mais andar de bicicleta, decisão essa que evoluiu depois para "bicicleta sim, mas sempre com capacete" e para "nunca mais andar numa bicicleta de ciclismo". Onze anos depois, o trauma da bicicleta está obviamente mais que ultrapassado, mas continuo a olhar com muita desconfiança para as bicicletas de ciclismo e, mesmo continuando a gostar de dar uma voltinha de bicicleta e de sentir a adrenalina relativa às descidas mais acentuadas, tenho muito mais cuidado com os exageros cometidos!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Coupe du Monde de Saut à Skis

Ao final da tarde de hoje fui assistir a uma das etapas do campeonato do mundo de salto de esquis de verão. Não é novidade e não é a primeira vez que assisto a algo do género, mas é sempre agradável assistir, quer pelo ambiente gerado em torno da pista de saltos quer pela imponência dos saltos.

Comecei por tirar algumas fotos de longe de modo a apanhar a pista toda, mas fui obrigado a aproximar-me bastante para tirar algumas fotos decentes... A pista é bem maior do que aquilo que aparenta à distância e mal conseguia perceber o momento em que aqueles seres destemidos descolavam para um voo a rondar os 120 metros...

E caso se junte a esta distância percorrida no ar a parte restante da pista, a zona onde se ganha velocidade e balanço para o salto e ainda a zona reservada para que seja possível parar em segurança, facilmente se chega a um total de trezentos e tal metros e facilmente se percebe o motivo pelo qual tive que me aproximar... É que observando ao longe, mais pareciam mosquitos a voar e a cair uns metros à frente...


Após todos os saltos e uma vez encontrado o vencedor desta etapa do campeonato do mundo realizada em Courchevel, nada melhor que reforçar baterias e jantar numa das tendas-restaurante ali existentes. Depois de algum tempo de espera e já com uma brisa desagradável a causar alguns arrepios, lá se começou finalmente a jantar.

Foi curioso ver que, mesmo num país com um nível de vida um bocado mais caro que Portugal, o preço do jantar para quatro pessoas apenas se aproximou do preço pago por um jantar em Angola... Dá que pensar!

Depois de jantar e já de barriguinha cheia, faltava ainda resolver outro pequeno problema: o frio... Portugal já é tipicamente mais quente que França e ainda por cima ganhei um bocado de hábito aquele clima quente e húmido angolano, pelo que estar a 1300 metros de altitude, à beira de um lago e à noite, causou-me um ligeiro desconforto, que só foi resolvido após ter vestido a camisola que tinha no carro... Como tal, faltava apenas encontrar um bom local para assistir ao fogo-de-artifício que se iria seguir dentro de pouco tempo.

Apesar de até ter gostado do espectáculo pirotécnico, julgo que as potencialidades do local poderiam ter sido melhor aproveitadas. Acho que se poderia ter tirado partido do facto de se estar junto a um lago e aproveitado melhor este facto para conciliar ao fogo-de-artifício um espectáculo de efeitos luminosos na superfície da água. O espectáculo ficaria mais rico e diversificado, além de que teria uma duração bastante superior com um aumento de custos provavelmente pouco significativo...


Depois do fogo-de-artifício, que durou cerca de vinte minutos, tempo de regressar a casa, ver as fotos e escolher as melhores, preparar este post e ir dormir. Apesar de o dia seguinte ser sábado, seria um dia de convívio entre amigos num daqueles pequenos chalets perdidos pela montanha e como tal seria preciso acordar cedinho!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Bienvenue en France

Madames et monsieurs, nous venons juste d'aterrir à l'aéroport international de Lyon - Saint Exupéry...

Depois da longa espera para conseguir sair de Angola e da curta passagem por Portugal, entre sábado de manhã e segunda-feira à noite, eis-me novamente em França para mais umas férias... Umas férias para matar saudades da família mais próxima, os meus pais e a minha irmã, mas também para relaxar e descansar a sério dos períodos extenuantes que têm acontecido. Digo isto porque este destino de férias acaba por ser já algo habitual e portanto não tenho grandes expectativas de conhecer alguma coisa nova: exceptuando o ano passado, em que não vim um único dia que fosse a França, todos os verões tenho vindo para esta zona dos Alpes franceses. Como tal, quase tudo o que rodeia a pacata e pequena cidade de Môutiers está mais que palmilhado por mim devido aos inúmeros passeios a pé, de bicicleta, de carro...

No entanto, acho que se trata de uma zona bastante bonita para visitar e um bom destino de férias, principalmente se se decidir trocar umas férias de praia por umas férias na montanha... Uma zona situada em pleno coração dos Alpes, é certamente um dos melhores destinos turísticos da Europa para umas férias na neve de inverno e um belo sítio para quem gosta de estar em contacto permanente com a natureza no verão. As pistas de esqui, espalhadas pelas várias montanhas e estâncias da zona, que de inverno fazem as delícias de muita gente, transformam-se no verão em imensos caminhos que convidam a caminhadas com paisagens espectaculares e dignas de registar em fotografia: montanhas, montanhas e mais montanhas, algumas delas com a neve eterna que teima em manter-se mesmo no verão, vegetação abundante, alguns glaciares, as pequenas aldeias espalhadas pela montanha com os típicos chalets de madeira...

E para quem se quer afastar um bocadinho da zona, Chamonix e o famoso Mont Blanc com todos os seus glaciares e grutas de gelo ficam a poucos quilómetros, a zona da Maurienne e os seus fortes do tempo da Segunda Guerra Mundial ficam um pouco a sul, Annecy e o seu lago de águas gélidas (depois de Angola, tudo o que seja menos de 24 graus no mínimo é para esquecer...) a cidade suíça de Genève fica a pouco mais de uma hora de carro, o bonito vale de Aosta em Itália fica à distância de atravessar uma montanha para o outro lado... Assim sendo, é só ter um bocadinho de tempo e rapidamente se ficam a conhecer os vários encantos da zona.

E para os mais ousados que se queiram aventurar um pouco mais e sair daqui, apesar dos seiscentos quilómetros até à capital Paris, a distância é percorrida em apenas três horas de TGV! E para quem fizer mesmo muita questão de praia, a zona paradisíaca da Côte d'Azur, com as suas praias banhada pelo Mediterrâneo, fica a uns míseros quatrocentos quilómetros...

Como tal, resta apenas escolher, aproveitar e... bonnes vacances!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Home sweet home

Home sweet home: o pesadelo finalmente terminou! Com uma semana de atraso é certo, mas estou de volta a Portugal e este post já foi publicado a partir de terras de Camões.

Foi uma semana verdadeiramente desesperante, em que deveria estar de férias, mas em que acabei por continuar a trabalhar em Angola para não ficar sozinho em casa a deprimir fortemente! Depois de todos os esforços para tentar recuperar o passaporte, de todos os contactos diários e frequentes com o escritório de Luanda no sentido de tentar perceber o que se passava, depois de adiar a viagem de regresso a Portugal a cada dia que passava, depois de desistir provisoriamente da via diplomática e do Consulado Português, estava-me a começar a sentir completamente derrotado e impotente para resolver a situação, sem qualquer perspectiva de solução à vista…

Ao receber o telefonema do partner do escritório de Luanda ao final da tarde de quinta-feira, a minha posição não melhorou muito e ainda por cima fiquei com um grande dilema pela frente que só eu poderia decidir. Garantiam-lhe a pés juntos que o passaporte tinha a prorrogação do visto já aprovada e que estava em cima da mesa do director da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras de Angola, mas que tinha morrido alguém importante e como tal o director andava ausente… No entanto, o que me deixou verdadeiramente preocupado foi o facto de já se ter oferecido o que fosse preciso para acelerar o processo de libertação do passaporte e, mesmo estando o passaporte pronto para entrega, isso estava a demorar demasiado tempo a acontecer…

Se quem nunca foi a Angola sabe perfeitamente que tudo naquele país vive à base de interesses, cunhas, corrupção e subornos, não é difícil a quem já tenha ido lá pelo menos uma vez confirmar isso, já que, de uma ou outra forma, já se viveu isso na pele… Ninguém é multado porque um carro ligeiro normal não tem extintor, porque falta uma porca a apertar uma das rodas ou porque se virou à esquerda num sítio sem proibição mas com o sinal existente a mais de um quilómetro de distância… Contudo, este “ninguém” tem uma condição em falta: ninguém, excepto se o país for Angola, onde reina o caos e a desorganização…

Considerando que se trata de Angola, que o passaporte estava aparentemente pronto e que já se tinha chegado ao ponto de oferecer o que fosse preciso para que o caso se tornasse prioritário, como é que o passaporte não saía? Para mim a explicação para esta conjugação de factores era simples: tinham perdido o passaporte e tardavam em admitir isso…E para piorar ainda mais a situação, pode-se acrescentar ainda o facto de ninguém do escritório saber onde parava o recibo que comprovasse o pedido de prorrogação do visto… Estar num país que não é o nosso e com a logística manifestamente problemática que toda a gente conhece nesta situação de ilegalidade é o pânico!

E portanto o meu dilema era muito simples: ir ao Consulado Português novamente na sexta-feira de manhã ou aguardar mais um dia por novidades do passaporte. Escolher a primeira opção implicaria engolir um bocado de orgulho e dar o braço a torcer, voltar lá com muita paciência e assumir definitivamente a perda do passaporte… Isto faria com que o passaporte fosse anulado e, mesmo no caso de entretanto aparecer, teria sempre de ficar à espera do salvo conduto do Consulado para poder viajar e sair de Angola… O cúmulo dos azares seria mesmo escolher esta opção e o passaporte sair nesse dia… Mal por mal e já que estava naquela situação à vários dias, optei por esperar mais um dia por novidades do passaporte e decidi ir ao Consulado apenas na segunda-feira…

Quando recebo dois telefonemas seguidos a informarem-me que, caso alguém fosse à DEFA rapidamente com o meu bilhete de viagem, a situação se iria resolver no próprio dia, já que aquilo funcionaria como prova de que ia abandonar o país naquele dia caso tivesse o passaporte na mão, nem perdi tempo a cumprir o pedido… E quando recebo outro telefonema a meio da tarde a informar que o passaporte já estava a caminho do escritório de Luanda, quase nem conseguia acreditar!

Mas, depois de tantos problemas, só quando tivesse o passaporte e dependendo da hora a que ele me chegasse às mãos é que ia ter a certeza absoluta que ia de facto viajar sexta-feira. Quando o motorista António apareceu com o passaporte, deve ter sido um dos maiores momentos de felicidade da semana! Fui imediatamente para casa acabar de arrumar a mala e ir a toda a velocidade para o aeroporto 4 de Fevereiro. Dado que apenas recebi o passaporte por volta das 18h, já não consegui fazer o check-in online e seguiu-se uma espera de tortura na longa fila que já existia para o voo da TAP com destino a Lisboa…

Cheguei ao aeroporto pouco passava das 19h e, cerca de uma hora depois, ainda nem sequer tinha passado o primeiro local de controlo… Após passar esse local e até ter feito o check-in e despachado a bagagem de porão, seguiu-se outra hora de fila desesperante em que nada parecia avançar! Quando finalmente chego à zona de controlo de passaportes, ainda tive meia hora à espera e deu para apanhar um susto, já que demorei consideravelmente mais tempo que as restantes pessoas no controlo: passaporte folheado várias vezes de uma ponta à outra mas sem que nada pudessem fazer, já que o visto tinha validade até dia 20 de Agosto…

Faltavam ainda duas filas até chegar finalmente à zona de embarque: a de controlo da bagagem de mão e a da alfândega. A primeira destas duas era inevitável e não tive outro remédio senão esperar mais um bocado; a segunda, foi completamente ignorada… Já não tinha paciência para mais uma fila e decidi começar a falar ao telemóvel e passar em frente ao posto alfandegário com um olhar alheado do mundo para ver se não me chateavam para ir lá dizer que não tinha kwanzas comigo, apenas euros e dólares… Obviamente, não poder sair do país sem kwanzas é uma treta, já que é extremamente fácil e acho que nunca cumpri essa regra…Após tanta espera, fui finalmente encaminhado para o avião e confesso que por os pés no primeiro degrau das escadas que me levavam ao avião da TAP foi um alívio tremendo! E, cansado como estava, nem sequer dei conta do avião descolar de território angolano e adormeci ainda com o avião na pista.

Chegar a Portugal foi um autêntico descanso para mim, a libertação de uma semana inteira de stress… Nem no final daquela longa de estadia de 9 semanas de trabalho intenso tinha tanta vontade de regressar como agora! Abençoada pátria de Camões, que tardava em recuperar um dos seus cidadãos… Quando finalmente pisei a pista do aeroporto da Portela, a minha vontade era dar um grito de alegria enorme, mas acabei por me consegui conter, apesar da alegria que devia trazer espelhada no rosto!

Aproveito ainda para agradecer a todos os que ajudaram no sentido de ganhar esta "luta", bem como a todos os que se preocuparam com o tema, me apoiaram e deram força para não me ir abaixo! Muito obrigado!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Retido em Angola!

O título deste post não poderia ser mais explícito e verdadeiro! Estou de facto retido em Angola, já que não tenho passaporte para poder sair do país... O passaporte é a coisa que eu mais religiosamente guardo enquanto estou em Angola e, quem me conhece melhor, sabe perfeitamente que é um dos objectos que anda quase sempre comigo... E digo quase sempre porque as únicas excepções em que o passaporte fica quietinho em casa são as ocasiões em que vou jantar fora ou sair à noite...

Pergunta-se então porque raio é que não tenho passaporte se eu tenho assim tanto cuidado com ele... Enviei o passaporte para o escritório em Luanda, para que daí lhe pudessem dar seguimento e enviá-lo para a Direcção de Estrangeiros e Fronteiras (DEF) em Angola, de forma a que se pudesse proceder à prorrogação do visto... O que é certo é que foi enviado para lá já faz hoje três semanas, dia 14 de Julho, eu recebi a fotocópia com o carimbo do Cartório Nacional de Luanda no dia seguinte, mas o passaporte nem vê-lo... Já há mais de uma semana e meia que ando a fazer pressão sobre o escritório no sentido de recuperar o passaporte, já andam os meus managers envolvidos no assunto e inclusivamente o partner do escritório local está metido também ao barulho mas, apesar de todos os esforços, os resultados até ao momento são nulos...

Sinceramente, não sei o que se passa, nem tão pouco faço ideia onde anda o passaporte... E depois uma pessoa liga para o escritório a perguntar pelo recibo do pedido de prorrogação do visto para se começar a mexer por meios alternativos e também não sabem dele... Impecável, está bonito isto... O que é certo é que não é absolutamente nada normal acontecer uma situação destas, eu já era para estar a voar para Portugal para ir de férias na sexta-feira à noite e era para estar a voar para Lyon hoje... Está completamente perdido este início de férias...

Já me passou de tudo um pouco pela cabeça e começo a ter uma decisão claramente formada, apesar de também não me ir precipitar… Tal como já cheguei a comentar anteriormente com algumas pessoas e apesar de obviamente não querer que a experiência de andar a dar voltas contínuas ao marcador tome as mesmas proporções, não é o facto de fazer um esforço adicional que me chateia mais no meio disto tudo, já que com isso eu ainda vou vivendo… Tem a parte boa e a má e tenho perfeita noção de ambas, embora possa chegar ao ponto de, com alguma razão, às vezes “levar na cabeça” devido aos exageros...

Agora paciência para estas questões logísticas é que já não há e ainda por cima parece que teimam em repetir-se cada vez mais e afectando toda a gente, umas situações mais graves que outras. Não estou em Angola há tempo como a maior parte da malta que está no projecto, mas também já sofri na pele uns quantos stresses logísticos. No meu caso, só esta estadia conseguiu condensar uma boa parte destes problemas: desde chatices com as condições da casa, ter que ir tomar banho ao hotel, faltas de respeito de um motorista, ficar pendurado às duas da manhã no local de trabalho sem ter como ir para casa e ter que pedir boleia de outro motorista... Depois das várias revoltas e manifestações que já tive relacionadas com os problemas logísticos relativos a estadias em Angola, esta era apenas a gota de água ou a cereja em cima do topo do bolo que faltava... Sei perfeitamente que a logística Angola é um filme de terror em todos os aspectos, mas se de facto a ideia é ter as pessoas cá a trabalhar motivadas e ainda por cima se refere que vem aí aposta forte em Angola, é bom que quem é responsável por estas questões se comece a preocupar a sério com este tema.

Há alguns dias atrás, mesmo sem saber se de facto o passaporte ia ou não chegar às minhas mãos a tempo de viajar na sexta-feira à noite, tomei e comuniquei a decisão de não voltar a Angola em estadias que implicassem renovação do visto ou saídas manhosas por "protocolo" com lugar a pagamento de multas... Hoje, e apesar de estar a reagir um bocado a quente e portanto não querer tomar nenhuma decisão que possa ser precipitada, a minha balança de decisões está claramente a desiquilibrar para o lado de nunca mais por cá os pés novamente...

Deixo também uma pequena nota pessoal para o Consulado Português em Luanda: uma autêntica VERGONHA! E estas letras maiúsculas não são mais que a atribuição de um grande cartão vermelho à diplomacia portuguesa, que envergonha o nome de Portugal onde quer que esteja... Uma pessoa depois de estar num país caótico como Angola, até pensa que as coisas em Portugal correm bastante bem, mas afinal de contas é pura ilusão, já que um consulado representa os interesses do país e dos seus cidadãos no estrangeiro e é o que se vê...

Espera-se também que este tipo de locais directamente sob a alçada portuguesa, nomeadamente os consulados e as embaixadas, sejam locais cujo funcionamento e serviços prestados tenham um mínimo de qualidade e eficiência, tendo como um dos principais pressupostos e deveres defender os interesses dos cidadãos nacionais residentes no país estrangeiro onde o Consulado se situa... Contudo, a minha opinião relativamente a este Consulado em Luanda é muito simples e directa: desorganizado, confuso, altamente burocrático, extremamente lentos a nível de processos e prestação de serviços e ainda por cima com funcionários super antipáticos que mais parece estarem ali por frete (pelo menos aqueles com quem eu lidei)... Só aspectos positivos portanto!...

Devo dizer que este Consulado consegue ser pior que os piores serviços prestados em Portugal por qualquer instituição pública ou privada... É para pagar a pessoas destas e para manter locais destes a funcionar desta forma que os portugueses pagam impostos? Era meter uns quilos de dinamite em cada pilar, fechá-los todos lá dentro e implodir tudo... Depois sim, era fazer uma coisa em condições e contratar pessoas eficientes e com vontade de trabalhar...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Meta de posts ultrapassada!

Reparei à pouco tempo que, muito embora ainda tenha passado pouco mais de meio ano, já consegui no ano de 2009 ultrapassar o número de posts dos dois anos anteriores, altura em que comecei a escrever o blog.

Fazendo uma breve análise de tudo o que já aconteceu, 2007 foi um ano forte a nível de escritas no blog. Parece-me ser um pouco normal, já que coincide com a altura em que comecei a escrever, já que era novidade e estava no expoente máximo da motivação para escrever. Basta ver que, apenas nos últimos quatro meses do ano, escrevi praticamente tantos posts como aqueles que escrevi em todo o ano de 2008... Mesmo fazendo uma comparação com este ano, esses quatro meses foram suficientes para escrever tanto como durante todo o período decorrido durante este ano. Tendo em consideração que este período decorrido é sensivelmente o dobro daquele que passou em 2007, o primeiro ano leva clara vantagem e uma média de posts bastante superior!

Por sua vez, o ano de 2008 foi um ano que começou muito mal relativamente a nível de posts, já que o início do ano coincidiu com a época de exames, bem como com a escolha do projecto de final de curso e empresa onde estagiar... Tal como se pode confirmar pelos posts dessa época, foi uma altura complicada e em que acabei por ficar bastante revoltado... A consequência directa disso foi a diminuição gradual de posts, chegando mesmo ao ponto de ter um longo intervalo de tempo em que não escrevi nada... Nessa altura, cheguei mesmo a pensar que o blog ia ficar por ali, completamente abandonado e maltratado... No entanto, já novamente na fase final do ano, após verificar que o blog até era lido e poderia ser útil para alguém, mesmo tendo ficado tanto tempo inactivo, decidi retomar novamente a escrita. Além disso, conjugando essa possível utilidade com as expectativas criadas e a novidade face ao tema Angola, decidi retomar a escrita em força e consegui praticamente igualar o número de posts do ano anterior!

Este ano tem sido mais estável e tem sido um ano em que os posts têm sido escritos a um ritmo relativamente normal, muito embora o blog tenha passado por alguns períodos de turbulência, turbulência essa fundamentalmente associada ao muito trabalho que tenho tido e ao menor número de horas livres com disponibilidade e motivação para escrever... A consequência mais directa disto é que alguns posts têm sido escritos com alguns dias de atraso relativamente à minha ideia inicial e à altura mais adequada em que os devia escrever, ou seja, passado pouco tempo de as coisas às quais os posts se referem terem de facto acontecido. Mesmo assim, o blog lá vai caminhando lentamente, tendo já conseguido ultrapassar a meta dos anos anteriores numa altura em que ainda falta bastante tempo até chegar ao final do ano.

De qualquer forma, como passo bastante tempo fora de Portugal, o blog continua a ser um excelente meio de comunicação para ir dizendo como estão a correr as coisas e para relatar um pouco aquilo que tenho vivido e o que têm sido as minhas experiências. Além disso, o facto de saber que por sinal já há bastantes pessoas a ler o que escrevo, aumenta de certa forma as minhas responsabilidades de escrita para com os meus leitores. Aqui fica a boa notícia: é muito provável que este ano seja um ano de boa colheita de posts. :)