terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A festa de Natal

Acabadinho de chegar de Angola, o que poderia ser melhor que chegar e ter logo uma mega festa nessa noite? Bem, é verdade que poderiam ser muitas coisas, mas sem dúvida que uma festa é uma boa opção para comemorar o regresso!

Quando cheguei a Lisboa dia 19 de Dezembro de manhã vim imediatamente para casa, uma vez que estava bastante cansado e queria descansar umas horas... Ainda ponderei bastante se devia ou não ir directo para Santa Apolónia para apanhar comboio para a Covilhã mas, depois das muitas boas opiniões que ouvi sobre a festa de Natal da Deloitte, especialmente sendo a minha primeira festa de Natal, achei por bem seguir os conselhos dos meus colegas e ficar para a festa, abalando para a Covilhã apenas no dia seguinte de manhã...

Assim sendo, ao chegar a casa e depois de desfazer a mala para confirmar que de facto não faltava nada, apesar das mexidas "não autorizadas" em Luanda, deitei-me de imediato e, não fosse as inúmeras vezes que acordei devido a sentir frio, teria dormido que nem um anjinho até à hora em que meti o despertador, às 16h... E apenas meti o despertador porque tinha de ir levantar o bilhete para a festa até às 17h... Portanto, lá fui ainda meio ensonado levantar o bilhete, que pelo sim pelo não tinha reservado com direito a acompanhante, não fosse haver ainda mudança de planos à última hora...

Depois de levantar o bilhete ainda passei pela sala do projecto para ver o pessoal que entretanto já tinha regressado de Luanda uns dias antes e, conversa para cá conversa para lá, combinei ir jantar com Calheiros, com o Godinho, com a Carolina e com a Lara e depois seguir directo com eles para a festa. Excelente jantar este, num restaurante que o Calheiros se encarregou de reservar e que, além de restaurante, funcionava também como casa de fados... Apesar de ter sido num local pouco habitual e embora tenha sido consideravelmente mais caro, foi um jantar bem agradável, num ambiente completamente diferente... Para quem quiser um jantar e um início de noite assim um bocado mais alternativo, recomendo a Parreirinha de Alfama... Mesmo não sendo eu um grande apreciador de fado, achei o jantar e toda a envolvente muito boa!


Acabado o jantar e depois de ouvir mais algumas músicas, lá fomos nós então para a festa... Espectáculo mesmo, uma das melhores festas a que fui nos últimos tempos!!! Revi imenso pessoal conhecido e que já não via à imenso tempo, não só devido ao tempo passado em Angola mas também em virtude da alocação das pessoas a projectos e consequente alocação a trabalho fora do escritório... Pessoal muito fixe, um convívio enorme, uma discoteca reservada apenas para nós, bebidas à conta, miúdas giras, música cinco estrelas, um excelente ambiente mesmo!!!

Sem dúvida nenhuma, valeu imenso a pena ter seguido o conselho dos meus colegas e ter ficado propositadamente em Lisboa mais um dia devido à festa... No fundo, acabaria por ir dar ao mesmo já que, mesmo que tivesse ido para a Covilhã na sexta-feira, iria chegar cansado e provavelmente no dia seguinte iria passar a manhã toda a dormir... Ficando para a festa, acabei por me divertir à grande, fiz a viagem para a Covilhã na manhã seguinte e cheguei praticamente à mesma hora a que provavelmente acordaria caso tivesse ido logo embora... Resumindo e, concluindo, não perdi absolutamente nada...


O pior estava ainda para vir... Por volta das 5h e pouco da manhã, muita gente começou a ir embora e eu resolvi seguir o mesmo caminho, até porque tinha combinado com a prima Xanita ir ter com ela às 9h a Oeiras, de modo a poder apanhar boleia com ela para a Covilhã... Ao sair da discoteca, percebi imediatamente que não iria ser muito fácil regressar a casa... Aquela zona é realmente muito má a nível de transportes... À saída da discoteca, táxis nem vê-los, pelo que decidi caminhar um pouco de modo a atravessar para o outro lado da linha do comboio, na esperança de que do outro lado fosse mais fácil apanhar um táxi... Puro engano!!! É bem verdade que do outro lado passavam bastantes táxis, táxis disponíveis é que nada... Sempre de luz vermelha acesa no tejadilho!!!

Fui caminhando com a Sara, uma rapariga de auditoria que conheci ao sair da discoteca e que também andava à procura de transporte para casa... Entretanto, após caminharmos durante uns largos minutos, juntámo-nos a um grupo de pessoal do Porto que tinha vindo a Lisboa propositadamente para a festa, que já tinha conhecido durante o cocktail na Foz do Douro em Julho, e que andava basicamente ao mesmo que nós... Regressar a casa estava a tornar-se uma tarefa bastante complicada regressar a casa, já que a quantidade de pessoas a circular a pé na esperança de apanhar um táxi não parava de aumentar...

E o pior ainda estava para vir... A Catarina, que estava incluída naquele grupo de pessoal do Porto, começou a ficar cheia de frio e a desanimar... A pobre desgraçada já chorava, estava-se a começar a recusar a andar e chegou a um ponto que se não a segurassem tinha caído redonda no chão... A situação não estava nada boa e apesar dos muitos esforços quer para a tentar manter quente com casacos quer para encontrar um táxi não melhorava nada... Achámos por bem pedir ajuda e telefonar para o 112, mas daí a resposta foi "Ligue para os bombeiros..." Uma vez obtido o número dos bombeiros de Lisboa, a resposta destes foi "Não temos ambulâncias disponíveis, ligue para o 112 e diga isso mesmo..."

Muito embora os meus níveis de paciência e tolerância ao imprevisto tivessem melhorado imenso durante a estadia em Angola, pensei imediatamente: Welcome to Portugal!!! Como é que uma situação destas é possível de acontecer num país que, apesar de estar na cauda da Europa em quase tudo, se diz minimamente desenvolvido??? Por amor de Deus, e se a situação fosse mais grave como era?? Enfm, felizmente conseguimos arranjar um táxi e despachamos de imediato as quatro miúdas, que entre elas se organizaram para não deixarem a Catarina sozinha e para chegarem todas até às respectivas casas...

E lá continuei eu, com os restantes dois elementos do grupo já parcialmente desfeito, a tentar encontrar um táxi livre... Decidimos afastar-nos daquele local para um sítio mais isolado, já que só assim seria possível arranjar um táxi mais facilmente... Por fim, lá conseguimos e enfiámo-nos os três naquele táxi, mesmo sem saber as zonas para onde cada um de nós ia... Felizmente, até íamos todos para a mesma zona, o que acabou por facilitar imenso a viagem...

Ainda assim, cheguei a casa já depois das 6h30, cheio de frio e com a agravante de ter regressado nesse dia de um país tropical e bastante quente, não estando portanto habituado a uma temperatura daquelas nos últimos tempos... Conclusão: com o tempo que demorei a me aquecer um pouco junto ao radiador e preparar as coisas para o dia seguinte, deitei-me por volta das 7h sabendo que teria de acordar por volta das 8h... Uma horinha de sono, espectáculo!!!

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