segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pataniscas... de atum!

Tal como já fui falando em outros posts, tudo o que se refere a culinária em Angola no que diz respeito a refeições confeccionadas em casa por nós tem tendência a ser simplificado. Isto acontece porque as condições logísticas não são propriamente as mesmas que em Portugal: não é a mesma coisa que cozinhar como na nossa casa em Portugal, demora-se muito mais tempo a cozinhar, é mais complicado ir às compras e encontrar tudo o que se pretende com um nível de qualidade aceitável e além disso é tudo bastante mais caro também...

Como tal, a ideia base é não complicar e, sempre que se cozinha em casa, as soluções passam invariavelmente por massas e atum... Contudo, esta tendência tem-se vindo a alterar aos poucos... A malta vai passando mais tempo cá e não dá para manter uma alimentação deste tipo durante muito tempo já que, mais que não seja, acaba por não ser muito saudável comer sempre as mesmas coisas, sempre cozinhadas da mesma forma.

A saga das "invenções" na cozinha começou em Dezembro, com as mabangas (moluscos de maiores dimensões que as amêijoas) apanhadas no Mussulo depois de um dia de praia. Exactamente no mesmo dia, esvaziámos o frigorífico de maçãs: aquelas que ninguém comia e que ficavam por lá imenso tempo e que assadas no forno desapareceram rapidamente... Já na última estadia, houve mais algumas refeições em casa fora do vulgar como, por exemplo, o strogonoff.

Desta vez, surgiu mais uma que ainda ninguém se tinha lembrado: pataniscas... de atum! É verdade que não conseguimos fugir ao atum, mas pelo menos conseguimos inventar a roda e arranjar uma nova maneira de o usar. Boa ideia da mademoiselle, embora arriscada porque nunca ninguém tinha feito aquele prato! E que boas estavam as pataniscas de atum com arroz de feijão! É que aliando ao facto de ser uma refeição diferente do normal, ainda se juntou a fome originada pelo almoço em hora tardia, já por volta das 17h e depois de uma tarde de praia...

E para o bolo ficar completo, faltava apenas a cereja em cima: as rabanadas feitas pelo Sabino! Isto é que foi uma bela de uma refeição, com direito a sobremesa e tudo! Na minha opinião, só é pena não haver almoçaradas e jantaradas destas mais vezes! Só peço uma coisa: a pessoa que arranja as cebolas não pode ser sempre a mesma, apesar de ser um bom método para limpar qualquer tipo de impurezas que exista nas glândulas lacrimais.

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