quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Vou-me embora

Calma!!! Não se assustem que eu não me vou definitivamente embora... Não vou fugir!!

Só quero é explicar o motivo pelo qual não voltarão a ver nenhum post novo até à próxima segunda-feira. Ora bem, eu às quartas-feiras não tenho aulas, quinta-feira é feriado e sexta-feira vou fazer gazeta à única aula que tenho... Fazendo as contas, isto dá nada mais nada menos que 5 dias seguidos de fim de semana, que vou aproveitar para ir até à Covilhã.

É óbvio, que com tudo o que tenho para fazer, ainda vou ter que gastar algum tempo lá a trabalhar um pouco, mas sempre dá para relaxar um bocado e preparar-me os tempos árduos que se avizinham brevemente.

Aquela frequência assombrosa de idas a casa no fim de semana no início do semestre, e que inclusive esteve na origem de alguns posts, baixou já consideravelmente. Além disso, esta será muito provavelmente a última ida à Covilhã antes das férias do Natal, portanto acho conveniente ir até lá investigar o que é que aquele pessoal todo quer como prenda de Natal.

Boa continuação de semana e votos antecipados de bom fim-de-semana!

Divulgação do blog

Quem leu os primeiros posts do blog, sabe perfeitamente que eu optei por não divulgar o endereço do blog. Por esta divulgação entende-se nick no Messenger, passar a palavra a colegas, amigos e familiares, assinatura de email com o endereço do blog, etc.

Não quero com isto dizer que o blog é um segredo e que ninguém pode saber da sua existência, caso contrário não estaria eu aqui a escrever e a relatar sobre a minha vida... É claro que quero que venham ler o que escrevo e é claro que quero comentários... Simplesmente optei por não fazer esta divulgação de uma forma tão directa.

Embora ainda não tivesse referido isto, já reparei à algum tempo que o endereço do blog já aparece no Google: basta conhecer obviamente algumas das palavras chave do blog, nomeadamente o título do mesmo, e ter algumas Google skills, ou seja, alguma habilidade de pesquisa para encontrar a informação certa.

Contudo, já dei início ao processo de divulgação, embora de forma muito indirecta. Para os que forem mais curiosos e por acaso calharem a ver a minha página do SiFEUP, têm um link do lado direito para a minha página pessoal. Apesar de a página estar em desenvolvimento, como eu sou absolutamente contra essas coisas do under construction, optei por deixar lá alguma informação básica mas relevante sobre mim, nomeadamente contactos, informação académica e finalmente área pessoal. Nesta área pessoal, está, além do meu endereço de Hi5, o endereço do blog.

Conforme se pode ver, já não é assim tão difícil quanto isso dar aqui com o meu cantinho!

sábado, 27 de outubro de 2007

Vida de estudante

Sei perfeitamente que a minha vida de estudante está prestes a terminar... Eu sei que custa a acreditar nisto, mas não há volta a dar a isto e é um facto... Anos e anos e anos nesta vida de estudante e enfim se vê a luz ao fundo do túnel... Enfim? Quererá isto dizer que estou farto desta vida? Devo entender isto como algo de espectacular e óptimo, o melhor que podia acontecer? Talvez sim, talvez não...

Muitas pessoas dizem "Vida de estudante é que era", "Não há melhor vida que a de estudante" ou "Festas, borgas e diversão"... Não posso fazer julgamentos muito precipitados acerca disto, já que ainda não conheci outro tipo de vida além desta vida de estudante... Se isto me assusta? Se estou preparado para terminar este ciclo e iniciar outro? Portanto, farei este julgamento daqui a uns tempos, tendo a certeza que será um julgamento calmo...
De uma coisa tenho a certeza: por muito que por vezes me possa queixar de trabalhos académicos rascas, das inúmeras noites mal dormidas a trabalhar, das longas horas de estudo para os exames, de tudo aquilo que pode eventualmente ser considerado como a parte má da vida de estudante, durante esta fase acontecem-nos coisas que ficam gravadas para sempre na memória e no coração, que ajudam a definir a nossa personalidade, a nossa pessoa, a nossa existência...

Mas, cada vez mais se nota isso e até acho que se trata de uma necessidade pessoal, não podem existir comodismos. Quero com isto dizer que, actualmente, já não basta ter um canudo na mão e dizer-se "Yey, eu sou o maior e agora tudo está bem" e estagnar ali. O mundo não pará, a sociedade assim o exigiu, mas eu pergunto-me: não faz todo o sentido querer sempre mais e mais? Não é essa afinal uma das características que define o ser humano? Uma busca frustrante para alcançar a perfeição que nunca se atinge, o esticar da corda em busca de mais uns milímetros quando já se têm quilómetros e quilómetros, a procura de mais um bocadinho quando já se tem o suficiente e se está bem?
Não se costuma então dizer que se está continuamente a aprender ao longo da vida e que é impossível saber tudo? Sendo assim, pergunto-me: como é que se pode afirmar ou pensar que a vida de estudante está a terminar? Não faz sentido nenhum...

Como tal, acho que devo reformular a minha linha de pensamentos inicial... Aquilo que está prestes a terminar, é a minha vida enquanto estudante universitário... E mesmo esta, não sei até que ponto isto é verdade, pois não fecho portas e não digo que nunca mais voltarei a por os pés numa universidade para estudar depois de ter terminado o curso... Nunca se sabe e, tal como este mundo, a vida também dá umas quantas voltas de vez em quando...

Para concluir e numa tentativa de clarificar tudo isto, acho que a vida de estudante só termina com a morte. Aquilo que realmente termina, é uma rotina diária de aulas, contacto com professores, estudo para testes e exames, presença numa instituição de ensino, etc. Porque de resto, em vez de ter aulas sentado numa sala a ouvir um professor, as aulas vão passar a ser o dia a dia, os professores vão ser outros, e continuarei a ter uma vida de estudante... Apenas noutras condições!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Reuniões atrás de reuniões

Era para ter escrito este post na sexta-feira passada... Tenho andado um bocado ocupado e quando não estou não me tem apetecido escrever. Mas desta feita é de vez: até já estou a dever uns quantos posts ao blog... É preciso é calma, que eu ainda escrevo tudo o que queria escrever!

Parece incrível, mas em apenas três dias, entre quarta e sexta da semana passada, conseguimos outras tantas reuniões para o trabalho de Engenharia de Requisitos. E também por incrível que pareça, mesmo com três reuniões, há imensas pontas soltas, que devem ser atadas até segunda-feira, já que temos de entregar um documento de visão até essa data.

A primeira com o engenheiro Alexandre Sousa, com quem já tinha trabalhado em LGP, que nos indicou um tema para o trabalho. Esta primeira reunião apenas serviu para se ficar com uma ideia mais geral do projecto, estabelecer prazos, objectivos e restrições.
A segunda reunião, logo a seguir à primeira, aconteceu também ela na Associação Porto Digital, logo depois de nos terem sido apresentadas as Martas. Estas Martas, uma Brandão outra Costa, são nada mais nada menos que duas recém-licenciadas do curso de Ciências de Informação da FEUP / FLUP, que se estão a tornar numa ajuda preciosa no desenrolar do trabalho. Depois daquela primeira reunião mais geral, foram através delas que tivemos mais alguns conhecimentos sobre o projecto em si. Revelaram-se bastante simpáticas e prestáveis em nos ajudar, já que, pura e simplesmente, podiam estar-se nas tintas para um grupo de três alunos que ainda as vai atormentar.
A terceira reunião, marcada precisamente pelas Martas num tempo extremamente curto, ocorreu na Casa do Infante, junto à Ribeira do Porto. Nesta reunião, além da nossa presença, estiveram ainda as Martas e o Dr. Manuel Real, responsável pela Divisão de Arquivo Municipal do Porto, arquivo este que fica precisamente situado naquelas instalações onde à uns séculos atrás viveu o Infante D. Henrique. A título de curiosidade, de referir que este arquivo tem cerca de 11 km de informação! Esta reunião foi bastante interessante, pois além de uma visão geral, permitiu também perceber o contexto e o papel desempenhado pelo arquivo no projecto.

E estou aqui a falar em reuniões e nem sequer disse qual é o projecto! Resumidamente, há uma série de departamentos da Câmara Municipal do Porto que pretendem melhorar a forma como as suas operações a nível de processos são realizadas, pretendendo também efectuar uma desmaterialização e adoptar o formato electrónico para os seus documentos. E, neste particular, verifica-se uma coisa bastante curiosa: cada departamento pediu, desenvolveu e adaptou os sistemas que precisava à sua própria medida e, no final de contas, praticamente ninguém se preocupou em como estes sistemas e entidades se ião integrar e relacionar no seu conjunto!!! Começa-se a perceber um bocado todos os problemas que geralmente se verificam nas Câmaras Municipais deste país...
Quando cada um "olha para o seu umbigo" e apenas se preocupa consigo, dá depois origem aqueles problemas que se andam a ouvir falar em Sistemas de Informação desde o princípio do semestre: falta de integração e de interoperabilidade, aparecimento de ilhas de informação e de automação, etc. Em apenas três reuniões, acho que se ouviu falar mais vezes nestes conceitos do que em todas as aulas juntas até agora!

Por muito estúpido que tudo isto possa parecer, é bastante legítimo uma pessoa perguntar-se como é que se pode dar ao luxo de gastar montes de dinheiro em sistemas e materiais, como é que se pode iniciar algo desta dimensão, com tantas entidades envolvidas, e ninguém se dar ao trabalho de pensar um bocadinho nisto... Como é que ninguém pensa que afinal tudo o que se tá a fazer pode não dar certo, que tudo pode ficar mal relacionado e se tenha de perder bastante tempo a conseguir integrar depois tudo manualmente? Como é que ninguém pensa nos riscos e nas restrições que estão associadas a tudo isto, etc? Sinceramente, não percebo... Por muito que tente, não consigo responder a isto!

Eu sou suspeito falar disto assim nestes termos, já que além de estudante de Engenharia também sou de Informática, mas acho que tudo o que envolve este tipo de abstracções relacionadas com sistemas de informação e software ainda são mal compreendidas por muita gente. Como consequência, depois as coisas não funcionam como se pretende e quem fica mal visto são os engenheiros, principalmente os de requisitos, porque não perceberam as necessidades do cliente. Posteriormente, quando se percebe que afinal algo está e correu de forma não esperada, como já está tanta coisa (mal) feita, não se pode deitar trabalho fora e tenta-se remendar tudo assim meio "às três pancadas". Claro, depois falam-se em derrapagens financeiras, atrasos temporais, mantém-se quase a mesma ineficiência daquilo que já existia antes, entre outros. Pudera!!!

E para que ninguém fique sem perceber o que eu quero dizer com estas abstracções, dou um exemplo bastante mais prático: imaginem o que é, numa obra de construção civil, o responsável da topografia não falar com o responsável pelos cálculos de estabilidade, o engenheiro civil não falar com o arquitecto, o construtor civil e os seus trabalhadores irem "fazendo coisas" sem ligar minimamente ao projecto, e por aí fora! Já estão a perceber onde quero chegar, não já? Deve dar um edifício engraçado, mas acho que devem colocar uma placa na entrada, a avisar as pessoas das condições em que aquilo foi construído, para que uma pessoa possa pensar duas vezes se quer realmente entrar...
Querem outro exemplo? Não faltam possibilidades: casos em que projectos com orçamentos elevadíssimos falham, devido a problemas tais como os americanos usarem um sistema métrico diferente do europeu, por exemplo. Podem rir-se, mas é pura verdade e já aconteceu no passado.

Para os curiosos que quiserem acompanhar o nosso trabalho, aqui fica então o link:
Análise e definição do workflow de digitalização de processos do urbanismo

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Boa escolha ou má escolha? Razoável...

A semana passada, na sequência do Fórum Empresas e, tal como já tinha dito num post anterior, esteve na FEUP um representante da Microsoft, com o objectivo de entrevistar alguns candidatos a futuros estágios em Copenhaga.

Com alguma surpresa, foi enviado um email assim meio à última da hora a pedir currículos em inglês, tendo até o director de curso ficado surpreendido, porque quem tratou de tudo foi a AlumniLEIC e também ele teve conhecimento disto tudo apenas na recta final.

Acontece que se, por um lado, a Microsoft é o sonho a alcançar por muitos engenheiros informáticos, também é verdade que o nome deste gigante assusta um bocado... É verdade que trabalhar num país com o nível de vida da Dinamarca, com aquela cultura nórdica que eu acho fantástica, andar rodeado por aquelas belas dinamarquesa, estar numa empresa de tão grande renome, ganhar um bom salário, enfim... um sem número de coisas boas que são um verdadeiro aliciante para qualquer pessoa! Mas como "não há bela sem senão", o lado negativo consiste em "fugir" da família, dos amigos, ir para um mundo novo bastante mais restritivo, trabalhar forte e feio que nem um escravo, enfim... um também sem número de coisas menos boas. Diga-se que a balança parece estar minimamente equilibrada!

E agora, revelação talvez algo bombástica para muitos, que possivelmente me chamaram de burro e estúpido, que me vão dizer de caras que tomei uma decisão errada... Pois é, não enviei o currículo para a Microsoft... Nem eu, nem cerca de 80 pessoas do meu curso que são finalistas este ano... Segundo me constou de fontes relativamente seguras, apenas cerca de 20 pessoas enviaram os seus currículos conforme pretendido... Estranho não é, como é que é possível não se tentar concorrer para a maior empresa do mundo a nível informático? Falta de auto-estima, falta de ambição... Talvez sim, mas também talvez não... E agora falando da minha opinião: não me considero propriamente preparado para ir directamente para uma empresa deste calibre começar a minha vida profissional. É claro que não diria "não" ao desafio, mas talvez preferisse justificar melhor o mérito de uma eventual chegada a um posto desses.

Isto porque claro, sem querer tirar qualquer mérito às 3 pessoas que foram seleccionadas para entrevista, apenas considero que uma delas tem o perfil que eles procuram: o Quim. É de certeza absoluta das pessoas, se não mesmo a primeira delas, com o melhor currículo do meu ano. E quando digo isto, digo-o sem problemas nenhuns e até nem fiquei muito surpreendido por ele ter sido um dos seleccionados para a entrevista. Já trabalhei algumas vezes com ele e estou em perfeitas condições de afirmar que ele é das pessoas com maior capacidade de trabalho que conheço. E atendendo à vasta experiência profissional que ele tem, acho que foi com naturalidade que foi seleccionado.

Além disso, é a prova de que, contrariamente ao que muitos pensam, a média no nosso curso já não tem o mesmo valor que tinha, e que coisas como a experiência, capacidade de trabalho em equipa, agilidade, facilidade de integração, competências sociais, etc são bastantes mais importantes. Como eu costumo dizer, a média é bastante útil para se poder ter vantagem na escolha das optativas e dos horários...

E de um ponto de vista mais pessoal, aqui ficam os meus motivos para não ter enviado o currículo: primeiro, não tenho grande experiência profissional; segundo, não tenho assim grande média por aí além, apesar de até estar uns furos acima da média geral do curso; terceiro, o meu inglês, particularmente em termos de oralidade, podia ser bem melhor. Pronto, talvez me tenha faltado um bocadinho de auto-estima, confesso... Não me sentia propriamente convicto e confiante para uma entrevista... Seria a primeira entrevista de trabalho e logo com a Microsoft?? Não me parece... Pronto... Medo, falta de auto-estima, de ambição... Chamem-lhe o que quiserem, embora eu não ache que seja propriamente isso... Se há coisa que várias pessoas com quem já trabalhei me foram dizendo ao longo dos tempos, é a minha enorme vontade em trabalhar, o esforço e dedicação que tento colocar sempre naquilo que faço... Portanto acho que seria algo a que me iria habituar, não obstante o facto de poder sentir dificuldades iniciais...

Enfim, mais boas oportunidades hão-de com certeza surgir, pelo que não é por causa disto que vou sentir dificuldades em dormir de agora em diante!

Outra coisa que considero importante: não dou valor apenas a bem materiais, uma boa carreira, muitos zeros à direita na conta do banco, etc. Também considero importante ter tempo para fazer tudo aquilo que gosto, estar com a família, com os amigos, etc. Enfim, de uma forma geral, considero que ter vida própria é também fundamental e é preciso encontrar um equilíbrio, ou seja, desde que já esteja bem na vida, prefiro não trabalhar 13 / 14 horas por dia e sentir-me bem. Comodismo? Falta de ambição? Definitivamente não!!! Diria antes busca da felicidade!!!

domingo, 14 de outubro de 2007

A primeira reunião sobre os projectos

Como prometido no último post, este post será relativo à primeira reunião na EMEF, Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários, com o objectivo de clarificar os dois projectos, nos quatro possíveis, que despertaram interesse na equipa de trabalho.

Sem sequer saber exactamente o local da empresa, lá fomos nós tentar descobrir a dita empresa. Sinceramente, mesmo sabendo que o Rui, o condutor, é péssimo em orientação (ele próprio admite que um GPS lhe dava imenso jeito), e com alguma ajuda do Google Maps, não foi propriamente difícil dar com a empresa. Mais que não seja, tínhamos a grande referência de saber que mais ou menos a zona em questão e que tinha obrigatoriamente que ficar perto de linhas de comboio... Ora os comboios não são assim tão pequenos quanto isso para que não se possa dar com eles facilmente!!

Chegados à entrada da empresa, meu Deus, tanta burocracia para nos deixarem entrar!!! Portões abertos, sem cancelas, apenas o berro do segurança de dentro do seu cubículo a fazer-nos parar o carro mesmo à entrada... Mas o que é que eles pensam? Que se nós fossemos com alguma intenção maldosa que íamos parar com um simples berro? É que mesmo que fosse uma cancela ia na frente se as nossas intenções fossem más... Sai o Joel do carro, diz que temos reunião marcada para as 18h, mas não sabe dizer o nome do engenheiro com o qual íamos ter a reunião... Sai também o Tiago, o responsável pela equipa, e volta para trás a pedir um bilhete de identidade... Regressa ao cubículo do segurança com o meu BI, recebe as indicações e finalmente arrancamos. Depressa nos apercebemos que as indicações tinham sido mal interpretadas, portanto voltámos para trás e fomos novamente ter com o segurança, recebemos novas instruções e finalmente chegámos ao local correcto!

Depois, quando alguém se lembra de marcar uma reunião para as 18h, verifica-se que a probabilidade de ainda estar alguém a trabalhar na recepção é reduzida. Como tal, entrámos nas instalações e ficámos algo perdidos, sem saber bem para que sítio nos devíamos dirigir, até que por fim, uma "alma caridosa" que passou por nós nos decidiu ajudar e nos indicou o local que pretendíamos.

Ao chegar perto do local onde teríamos a reunião com o engenheiro, depressa nos apercebemos que ele estava a dar valente descompostura via telefónica a alguém... Mesmo sem saber quem era o desgraçado e quais os motivos, notava-se perfeitamente que a descompostura era séria. Os ânimos lá acabaram por acalmar e deu-se então início à reunião. Apesar daquela primeira impressão do engenheiro, até se pode considerar que ele se trata de uma pessoa séria e sincera. Fiquei com essa boa impressão pelo menos.

Depois de uma breve apresentação, lá começou então a discussão dos dois projectos. O primeiro, aquele que mais me tinha aliciado ainda antes de obter qualquer informação extra, foi aquele que mais me atraiu. Trata-se fundamentalmente de prever os atrasos reais de comboios num determinado momento e verificar qual o impacto em termos de atraso que isso terá nas estações futuras. Pode parecer simples e pode pensar-se que se trata de uma simples propagação de valores através de cálculos matemáticos. Contudo, a parte mais interessante surge através da capacidade que o sistema deveria prever em aprender a calcular os atrasos de uma forma eficiente, de acordo com as várias possibilidades e motivos de atraso, num sentido de ficar cada vez mais inteligente e perfeito a calcular os atrasos, ou seja, minimizando as taxas de erros.

Com o outro projecto, que pouco me tinha atraído quando li os projectos existentes, passou-se precisamente o contrário... Se eu já não tinha gostado muito, passei a gostar ainda menos! Parece o típico trabalho da área de redes, que quem me conhece, sabe perfeitamente que é a área que eu mais detesto a nível de informática... O pior é que, à primeira vista, parece bastante simples a nível de esforço de implementação, pelo que todo o resto do grupo o preferiu e fiquei sozinho a remar contra a maré... Trata-se, basicamente, de um sistema com dois autómatos em cada comboio, que se ligam a um PC dedicado, permitindo assim a recolha remota de dados para o Centro de Controlo, através de uma ligação via GPRS/modem.

Numa tentativa vã de tentar perceber melhor o primeiro projecto, claramente relativo à área de inteligência artificial, percebi que o problema poderia talvez ser resolvido com o recurso a redes neuronais. Acho que é um tema espectacular, principalmente depois de ter feito um trabalho sobre reconhecimento de faces humanas usando este conceito, pelo que ficar com este projecto seria extremamente motivador para mim e poderia mesmo dizer que iria enriquecer o meu conhecimento pessoal com algo de bastante útil. Até cheguei a ir falar com aquela que foi minha professora a diversas disciplinas na FEUP, incluindo a disciplina de Inteligência Artificial, de modo a esclarecer algumas dúvidas que tinha e a tentar encontrar uma solução simples para resolver o problema. Cerca de meia hora a expor e a discutir o problema com a professora Ana Paula Rocha não foram suficientes para depois convencer o resto do grupo a render-se ao primeiro projecto... No entanto, aproveito para agradecer à professora a disponibilidade e simpatia que mostrou em me receber e aturar, num projecto que nem sequer tem nada a ver com a faculdade, apesar de ter sido através do director de curso que esta oportunidade surgiu.

O grupo negou-se e preferiu o projecto de redes por ser mais simples, simplicidade esta da qual eu desconfio muito, já que penso que isto é daquelas coisas que são "mais complicadas do que como as pintam". Depois veremos... Além disso, já que me infiltrei um bocado no grupo, seria mau estar assim a "abandonar o barco", já que fizeram o favor de me aceitar. Além disso, sei perfeitamente que na minha futura vida profissional nem sempre farei o que quero, portanto também é bom que me vá habituando a fazer o que não gosto de vez em quando. Apesar de eu não gostar muito da área, pode ser que consiga tirar do trabalho alguma coisa de proveitoso...

Do meu ponto de vista, trata-se de uma diferença abismal entre os projectos, não só a nível de motivação pessoal, mas também do próprio nível de reconhecimento, das exigências e até mesmo do ponto de vista mental e informático. Em suma, as diferenças são um projecto que é extremamente alto-nível em termos de implementação e que envolve um esforço mental considerável e um projecto que é precisamente o oposto, muito baixo-nível e cujo esforço se baseia no seguimento das regras de protocolos de comunicação... Para me abstrair um bocado da informática e para que o que acabei de dizer possa ser mais facilmente compreendido, faço a pergunta: preferias participar numa investigação científica genética que permitisse um novo avanço na luta contra um cancro ou preferias fazer uma simples colheita de sangue num laboratório de análises clínicas? Eu preferia a investigação científica...

Enfim, a próxima reunião com responsáveis da EMEF é na próxima quarta-feira, pelo que espero sair de lá um pouco mais motivado e com vontade de trabalhar.

sábado, 13 de outubro de 2007

Tanto sobre que falar

Apesar de não postar nada desde o dia 10, dia que dediquei a algumas pessoas que se têm revelado importantes na minha vida, não posso dizer que não se tenha passado nada de especial nestes últimos dias. De facto, até têm surgido bastantes coisas sobre as quais poderia falar, mas como andei um bocado atarefado nos últimos dias, o blog acabou por ficar um pouco à parte, muito embora muitas vezes a minha vontade fosse ir mais tarde para a cama e escrever... Mas como em todos estes dias fui forçado a acordar cedo e ando um pouco cansado, acabei por aproveitar e ir dormir.

Desde terça-feira até quinta-feira decorreu na FEUP o Fórum Empresas, no qual eu participei este ano mais activamente do que nos outros anos, não só porque é último ano de curso e portanto um pouco mais importante, mas também porque é o ano em que não estou sobrecarregado de trabalho como nos outros anos por esta altura. Assisti a sessões durante praticamente todo o dia na terça-feira, tendo assistido a algumas bastante secantes, como por exemplo a primeira, em que o principal orador leu durante uma hora inteira, outras muito interessantes e úteis.
Eu que até me tinha inscrito para ir a uma sessão de encontro com a empresa Softteck, acabei por mudar a minha opção e ir assistir à da empresa GFI Portugal. Além de ter evitado 1h30 de seca da aula de PESI, fiquei bastante impressionado com a GFI. Além de as duas oradoras serem bastante simpáticas e bonitas, devo dizer que a empresa me seduziu bastante. Empresa bastante jovem no que diz respeito à idade dos trabalhadores, com uma cultura muito dinâmica e empreendedora, com várias propostas de estágio muito aliciantes, uma empresa que tem sucessivamente vindo a crescer ano após ano e com alguma independência da casa mãe, a GFI Informatique. Conforme se pode adivinhar pelo nome, trata-se de uma empresa francesa e, apesar de eu sempre ter dito que não gostaria muito de ir trabalhar para França, não fecho portas e confesso que se fosse para uma empresa com esta mentalidade e com estas condições ia a correr!

A quarta-feira, não se tratou apenas de uma data especial para as pessoas que referi no post anterior: talvez até tenha sido, de entre os últimos dias, aquele em que se passaram mais coisas! Eu já sabia que ia estar todo o dia ocupado, portanto tratei de escrever o post anterior véspera, mas já depois da meia-noite, claro!
Logo ao início da manhã de quarta, lá fui eu com o Telmo até à bonita cidade de Braga. Ele foi comprar uns bilhetes para um concerto no Theatro Circo em Braga e, como não tinha companhia, perguntou-me se queria ir com ele. Confesso que estive um bocado indeciso, principalmente por razões económicas, já que isso implicaria gastar algum dinheiro extra que não estava a contar gastar... Mas como era uma data especial e como já à muito tempo que não ia a Braga, lá acabei por aceder.
Cheguei à estação de S. Bento no Porto uns bons minutos antes da hora combinada e portanto decidi ir logo comprar os bilhetes para ir adiantando serviço. Primeira surpresa: não era necessário indicar as horas das viagens por se tratarem de comboios urbanos, já que mesmo assim pensava que seria sempre necessário indicar as horas das viagens... A segunda surpresa foi... o preço dos bilhetes! Pois é, eu que pago mais de 11 euros por viagem do Porto para a Covilhã, fiquei extremamente surpreendido por apenas me pedirem 8 euros por duas viagens de ida e volta Porto-Braga!!! Fantástico, se eu soubesse que o preço era tão em conta, talvez até já tivesse ido até lá mais vezes! É estranho, já que o preço mínimo do Metro do Porto, mesmo que seja entre duas estações seguidas, é de 0,85€, portanto quem é que se lembraria de imaginar que para Braga seria tão barato? E estou feliz da vida, já que fiquei a saber que Porto-Aveiro é o mesmo preço, também a apenas 2 euros!

O Telmo enfim lá acabou por aparecer e fomos no comboio das 9h45, tendo a viagem demorado cerca de uma hora. É uma viagem que se faz bem, embora tenha como grande desvantagem o facto de parar vezes e vezes sem conta... Chegados a Braga, constatei imediatamente que a estação nada tem a ver com as tradicionais estações de caminhos de ferro: uma estação com aparência bastante moderna e que vista de fora mais parece um prédio de escritórios. Fomos então directos ao teatro, sempre apreciando a beleza do centro da cidade, marcada por algo que no Porto não se vê tanto: comércio em pequenas lojas, ao contrário dos shoppings do Porto, embora muitas dessas lojas fossem aquelas que geralmente se encontram dentro dos grandes shoppings. Outro aspecto positivo: em Braga os carros pararam sempre para me deixar atravessar na passadeira, sem que eu tivesse que dar a primeira investida!!! Pode parecer estranho dizer isto e até é uma contra-ordenação grave não respeitar as regras de trânsito para com os peões, mas a verdade é que no Porto se alguém vê uma pessoa numa passadeira à espera para atravessar, ainda se acelera mais...
Depois de comprados os bilhetes, fomos então almoçar a um café do século XIX, o Café Vianna (tem mesmo dois "n", não é erro...), café com algumas modernices, como as luzes de néon cor-de-rosa, mas com aspecto relativamente bem preservado e mantendo todos os traços gerais de um café tão antigo. Depois de almoço, fomos rapidamente para a estação, numa tentativa falhada de apanhar o comboio das 12h30, que perdemos por 4 minutos: sem stress, esperámos tranquilamente pelo comboio seguinte, às 13h08. Chegados a S. Bento, metro para o IPO, ida para mais sessões do Fórum Empresas. E para concluir o dia em beleza, primeira reunião na EMEF, Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários, reunião esta que ainda durou bastante tempo (sobre este assunto falarei mais em pormenor noutro post). Cheguei a casa estafado, mas mesmo assim ainda deu para ir adiantando a reflexão sobre uma das aulas de SINF da semana anterior.

Na quinta-feira, grande maneira (ou não) de começar o dia: aula de SINF logo às 9h! Que aulas tão secantes, que modo de avaliação tão secante... Onde é que já se viu uma avaliação ser inteiramente baseada em resumos, sobre as aulas, sobre artigos, sobre capítulos de livros que o professor dá para ler... E o pior de tudo, é que ainda por cima as aulas são dadas a ler esses tipos de materiais... Preferia sem dúvida nenhuma fazer uma ou duas directas a fazer um trabalho do que ter uma avaliação destas...
Depois de almoço, voltei às sessões do Fórum Empresas: a primeira, sobre como fazer se deve preparar uma ida a uma entrevista de trabalho; a segunda, sobre inovação e empreendedorismo tecnológico, na qual estiveram presentes representes da Microsoft e da Yahoo Europe.
Acabada a sessão, fui para a última aula do dia, jantei e quando cheguei a casa ainda estive a acabar o que tinha começado sobre SINF no dia anterior, até que fui dormir mais uma vez estafado.

Hoje (sexta-feira, apesar de já ser sábado), tive que ler outro artigo, desta vez para ERSS (outra aula daquelas secantes...), e de tarde tive que preencher, juntamente com os meus dois colegas de grupo, um template em inglês sobre o dito artigo. Fui lanchar e socializar um bocado, fui para a aula de MADS e assim se passou o dia, que será certamente finalizado quando der por terminado este post... ou seja, agora!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Um dia importante!

Apesar de hoje ser um dia em que se vão decidir algumas coisas importantes para o meu futuro próximo, quero utilizar este post apenas para desbravar caminho a um tema específico sobre o qual nunca falei antes: escrever sobre algumas pessoas que têm sido importantes na minha vida e sobre as quais o dia de hoje assume um significado especial. Quanto a todas as outras coisas que teria para escrever hoje, perdem um bocado o significado face ao que tenho para escrever, portanto ficam para outro dia.

A primeira pessoa, trata-se de alguém que entrou na minha vida à 17 anos: trata-se da minha irmã, que faz precisamente hoje anos! Ainda me lembro de algumas conversas que tive com os meus pais sobre preferir um mano quando ainda nem sequer se sabia se seria menino ou menina, conversas essas que rapidamente mudaram de ponto de vista quando soube que afinal era uma rapariga... Ainda bem que foi menina! Lembro-me perfeitamente do quão ruim ela era quando era pequena, das inúmeras zaragatas, das discussões que acabavam sempre em bem por si mesmas ou com um par de berros da minha mãe, de todos os momentos bons e brincadeiras, etc. A verdade é fomos crescendo e hoje é sempre bom recordar os melhores momentos. E tudo o que eu poderia escrever aqui hoje, seria claramente insuficiente para contar tudo.
Sei perfeitamente que a miúda me adora e me vê como um exemplo a seguir, o que me deixa bastante orgulhoso. Portanto, quero retribuir e dizer-lhe também neste dia tão especial para ela que também a adoro e desejar-lhe um óptimo dia de aniversário, tudo de bom e muitas felicidades. Apesar de estar a praticamente 2000 kms de distância e, obviamente, não poder estar com ela neste dia tão importante, hoje ainda vou pensar mais em ti do que nos outros dias manita! Muitos beijinhos de PARABÉNS Maura!!!

Curiosamente, neste mesmo dia, mas em anos diferentes, uma pessoa que eu conhecia à menos de um mês, tornou-se meu padrinho de curso e o meu melhor amigo. Poderia dizer um dos melhores, já que é um pouco injusto e uma tarefa bastante ingrata e díficil eleger uma pessoa como o the special one no que diz respeito a amizades. E, felizmente, posso dizer que ainda tenho alguns outros amigos que consideraria seguramente como grandes candidatos a esse lugar, mas o Telmo é seguramente alguém que conseguiu chegar a esse patamar e marcar o seu lugar. Não quero com isto discriminar todos os outros grandes amigos que tenho, agradeço imenso estas amizades e até digo que cada uma destas pessoas conquistou o seu espaço e é especial para mim. Não são muitas as pessoas que alguma vez conseguiram atingir este nível, portanto podem também sentir-se um pouco especiais. Mas há coisas que são como são e não há volta a dar, pelo que acho que se me perguntassem de caras "Quem é o teu melhor amigo?" eu responderia sem pensar: o Telmo!!!
Tudo começou num concurso logo nos primeiros dias depois de eu ter vindo estudar para o Porto. Um concurso de pronuncia, no qual participaram além de mim, a Sara e o Felipe. Um beirão, uma alentejana e um brasileiro, todos a dizer a palavra "dentes"... Que concurso mais estúpido podem alguns dizer, realizado numa fila de cantina e um bocado embutido numa espécie de mini-praxe, para ver qual dos três dizia a dita palavra da maneira mais engraçada. Segundo o júri, que foi o Telmo, ganhei eu e foi com isso que ele reparou num caloirinho entre tantos outros... Até que apenas uns dias depois, algures na fila do bar da biblioteca da FEUP, numa conversa sobre o modo de como escolher o padrinho, eu lhe perguntei se queria ser o meu padrinho. Um afilhado extremamente precoce, mas diga-se que também foi um padrinho precoce... Pelo menos não foi como muita gente, que a uns dias antes da Queima se lembra que ainda não tem padrinho para lhe impor insígnias e decide escolher alguém assim no meio do nada!
E pronto, 4 anos já se passaram, pode-se dizer que a nossa amizade foi crescendo ao longo do tempo e, como é natural, teve momentos bons e outros menos bons, mas o importante é que não me arrependo absolutamente nada daquilo que disse no bar da biblioteca e que tenho no Telmo um verdadeiro amigo!

Apesar de as duas pessoas que referi acima assumirem um destaque bastante maior na minha vida, não quero deixar de dar também os parabéns à Andrea, uma rapariga que conheço desde os velhinhos tempos pré-primária e que tenho em conta como uma boa amiga, do mais honesta que pode haver e bastante simpática! Parabéns Andrea!!!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Ausência prolongada: a explicação

Apesar da notória diminuição da frequência com que tenho vindo ao blog fazer novos posts, isto não significa que tenha deixado morrer o blog ou que esteja para desistir dele. Conforme disse inicialmente, existem alturas em que não tenho grande tempo ou não me apetece tanto escrever.
Neste caso, o que se passou desde o último post foi que quarta-feira saí para ver os jogos da Liga dos Campeões e quinta-feira fui tomar café com o David à noite. Como depois sexta-feira aproveitei o fim de semana prolongado e fui até à Covilhã, acabei por não poder escrever mais nada, já que lá não tenho acesso à internet.

Depois do último post, em que referi algumas parcerias entre a faculdade e empresas, continuam a chover no email várias propostas de emprego ou realização de projectos, o que é excelente para pessoas como eu que se encontram no último ano de curso. Além de enriquecer currículo, ganham-se uns trocos e, acima de tudo, ganha-se bastante experiência a nível profissional, o que é óptimo. Uns minutos depois de ter chegado ao Porto hoje, ainda nem sequer tinha chegado à Avenida dos Aliados para apanhar o metro, e recebo uma chamada do Tiago a perguntar se tinha disponibilidade para entrevista na quarta-feira de tarde. Na semana passada, a EMEF-CP pediu ao director de curso do MIEIC equipas de 3 a 5 elementos para a realização de quatro projectos, pelo que consegui integrar uma das equipas, estando agora à espera de novidades, tal como os restantes colegas.
Tinha pensado em inscrever-me num curso de inglês, para corrigir alguns erros e, principalmente, melhorar a oralidade, mas agora ficou tudo em stand-by. É necessário dosear bem o esforço e o tempo não estica, portanto é necessário fazer alguns sacrifícios: se a minha equipa for escolhida para um dos projectos, o inglês fica de parte para já. É algo que se pode fazer em qualquer altura com mais facilidade, embora eu não descarte de modo nenhum este objectivo, até porque desejo ter algumas experiências internacionais e o inglês é factor determinante para isso.

Quanto ao fim de semana, de referir que foi mesmo impecável, apenas com duas partes menos boas. A primeira parte má foi o facto de não ter podido abalar logo na quinta-feira depois da aula de TQSO, já que só saí às 20h. O carro dá muito jeito, mas estou convicto que faltam apenas uns meses até esse momento chegar e lá para o Natal devo ter uma óptima prenda se tudo correr bem. A segunda parte má, e quem me conhece bem sabe que por vezes eu sou um autêntico ressabiado e sempre insatisfeito, tem a ver com problemas de canalização lá em casa, que ainda estão por resolver... Pois é, foi a quarta vez que fui a casa depois das férias e continuo com o problema por resolver!!! Desta vez até tinha combinado com o canalizador uns dias antes de ir à Covilhã para não haver surpresas: "Sábado antes de almoço vou lá", disse-me o canalizador. Sexta-feira deitei-me cedo para também acordar cedo sábado, não fui ver os meus avós como de costume ao sábado de manhã, tive de andar a improvisar um almoço e esperei até às 16h e o mentiroso não apareceu... Incrível, não acham que desta vez tive motivos suficientes para ter ficado tão chateado? Preferiria que ele me tivesse dito de caras "Não posso" ou "Não me apetece ir lá" ou que tivesse inventado a desculpa mais esfarrapada do mundo e tivesse logo dito que não ia lá, já que pelo menos evitava ter ficado lá à espera fechado, em vez de ter aproveitado melhor. Conclusão disto: não quero saber mais daquilo e o meu pai quando vier no Natal que resolva o assunto!

Um facto positivo de realce é a maior aproximação dos meus amigos: houve alturas em o pessoal se unia bastante, outras em que cada um ia para seu lado e agora todos se estão a juntar mais novamente. É interessante verificar que apesar de alguns deles namorarem, não se afastam dos outros e, pelo contrário, integram as namoradas no grupo, criando-se um ambiente de ainda maior divertimento. Gostei!

Para finalizar, devo dizer que hoje "quase me apaixonei". E coloco as palavras entre aspas já que, para mim, parece um bocado ilógico dizer isto desta maneira. A palavra apaixonar é demasiado forte para poder ser aplicada e usar a expressão "quase me apaixonei" é um bocado parva, já que num caso destes não há um quase: ou é sim ou é não! Explicando isto melhor: já há muito tempo que considero duas raparigas da minha terra, curiosamente da minha idade e que andaram comigo na escola primária, duas das raparigas mais bonitas que conheci até hoje. Não querendo com isto colocá-las no céu, nem denegrir não só as restantes que andaram comigo na escola nem todas as outras que conheço, não é preciso ser nenhum génio para perceber que falo da Lídia e da Liliana... Pois bem, não querendo estabelecer nenhum top, hoje vi uma rapariga, da qual nem sequer sei o nome, mas que me chamou a atenção (e de que maneira!) pela sua beleza... Entrou no autocarro em Viseu e saiu em Albergaria, provavelmente para o autocarro de ligação à cidade de Aveiro, onde deve estudar... Uns olhinhos verdes maravilhosos, um cabelo castanho nem muito escuro nem demasiado claro, uma pele morena mas sem estar tostada do sol, roupa bastante prática e simples, mas com um decote que me fez esbugalhar os olhos... Enfim, seria caso para dizer "Tudo no sítio"... Felizmente, apesar de reconhecer e admitir quando acho que uma rapariga é bonita sem problema nenhum, sou contido nas minhas acções e não tenho aqueles hábitos de precisar de um babete, de dar pontapés por baixo da mesa ou cotoveladas, nem começar logo a dizer "Tchiiii, que gaja tão booooaaa!!!". Confesso que lancei uns quantos olhares bem atrevidotes, fiz olhinhos e ainda esbocei uns sorrisos, mas foi tudo... Mas de facto, tenho de confessar que já algum tempo que não me sentia assim ao ver uma rapariga e que fiquei mesmo muito impressionado.

E pronto, dou por concluído este mini-resumo, num post grande, sobre o que se tem passado nestes últimos dias e sobre os quais não tive oportunidade de escrever.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Conjugação académica / empresarial

A conjugação e estreita relação existente entre a FEUP e o meio empresarial é de salientar. Já não bastam iniciativas como a Bolsa de Emprego, Feira de Emprego, entre outras, e esta relação ainda é estimulada no decorrer do próprio curso, especialmente nos últimos anos de curso.

É verdade que a vida de estudante está quase no fim e, por isso, muitos dos trabalhos de faculdade até exigem a colaboração com empresas. Aconteceu assim em Gestão de Empresas e em Laboratório de Gestão de Projectos (LGP), tendo trabalhado com uma empresa da Sonae.com, a Optimus, e com a Associação Porto Digital, respectivamente.
Apesar de o primeiro trabalho ser de pesquisa e não ser propriamente um trabalho a desenvolver para a empresa, deu para ter uma primeira abordagem e perceber que nem tudo são rosas. Encontrar uma empresa disposta a colaborar foi complicado e o meu grupo levou com a porta na cara algumas vezes. Mesmo tendo conseguido a Sonae.com, o apoio que nos foi prestado poderia ter sido infinitamente melhor. Mas o que interessa é que mesmo assim conseguimos fazer um bom trabalho final.
Já quanto ao trabalho para a Associação Porto Digital, resta dizer que foi completamente diferente. Realizado na disciplina com a fama (bastante correcta) de ser aquela que mais trabalho dá em todo o curso e sendo a sua principal disciplina mais importante, foi já necessário desenvolver um produto concreto para um cliente, ter reuniões com representantes do cliente, chegar a consensos, suportar e saber resolver as várias discussões internas que surgiram durante o trabalho, lidar com situações de stress e prazos de entrega apertados... Foi algo bastante mais perto daquilo que nos espera depois do curso, ainda que com a "protecção" da disciplina em questão.

Chega-se ao 5º ano e novamente são pedidos trabalhos em colaboração com empresas em algumas disciplinas. Apesar de em LGP me ter sido imposta a Associação Porto Digital, gostei da forma como tudo correu pelo que decidi agora, juntamente com o meu grupo, fazer apelo a esta mesma associação, para obter um sistema de informação que necessite de elaboração exaustiva de requisitos. Obtive resposta muito animadora e o projecto é também ele ambicioso, envolvendo ainda quatro divisões da Câmara Municipal do Porto.
Também noutra disciplina deste semestre, é exigida a selecção de uma empresa, de modo a preparar um trabalho sobre a estratégia adoptada por uma empresa de acordo com o seu sistema de informação.

Não tenho consciência exacta do que se passa nas outras faculdades da Universidade do Porto e até mesmo nas restantes a nível nacional, mas sem dúvida nenhuma que posições destas são bem vindas e que deveriam ser exemplos a seguir por todas as instituições.