sábado, 24 de novembro de 2007

TQS - Testes em Quantidade Suficientemente chata

Neste momento, estou a fazer uma breve pausa antes de jantar, já que estou na FEUP desde as 10h... E tendo em conta que hoje é sábado, passar o dia inteiro na faculdade a trabalhar já é, por si só, deprimente.

Descobrir na terça-feira que o trabalho de TQS é para entregar daí a pouco mais de uma semana é mau... E a situação piora sabendo que este não é o único trabalho que tenho para fazer. Na próxima semana, até à data da entrega, o projecto de MADS e o problema da falta de integração existente na Câmara Municipal vão-se intrometer fortemente na realização deste trabalho...

Não é que eu tenha sido irresponsável e me tenha esquecido deste trabalho... Eu pensava é que as datas de entrega do trabalhos de pesquisa e do prático eram ao contrário, ou seja, que o trabalho de pesquisa seria para entregar dia 30 de Novembro e o prático dia 6... Afinal é ao contrário... Não é que me queixe, já que é menos um, fica já despachado e dá-me mais tempo para fazer o de ERSS e o de PESI.

Mas TQS, tal como a generalidade das optativas que tive / tenho, está-me a desiludir um bocado e posso afirmar que esperava mais desta cadeira.
Afinal de contas, as aulas teóricas são um bocado secantes e só é pena não serem de manhã, para uma pessoa ir para a aula continuar a dormir ou então deixar-se ficar em casa enroscado nos lençóis. As práticas, geralmente é utilizar programas manhosos, que não têm mesmo outro nome, para fazer uns testes esquisitos que ninguém acaba por perceber muito bem...

Penso eu que a coisa vai melhorar ao fazer o trabalho, mas afinal continua tudo na mesma.... Até agora foi praticamente apenas fazer testes unitários com JUnit, ou seja, fazer código e mais código para testes... Ainda por cima, o código sobre o qual incidem estes testes foi feito assim meio à martelada, num dos trabalhos realizados por alunos do 2º ano o ano passado, durante a disciplina de Complementos de Programação e Algoritmos, que é o nome pomposo que arranjaram para a antiga disciplina de Algoritmos e Estruturas de Dados...
A única vantagem que tem este código feito à martelo é que basta carregar nuns botões da interface e é ver NullPointerExceptions com fartura a aparecer na consola, o que vai dar jeito para detectar bugs no trabalho.

O trabalho deles foi sobre árvores de expansão mínima (AEM) e pode-se dizer que única coisa que aprendi até agora com este trabalho foi ficar a saber que existe o algoritmo de Prim para obter uma AEM a partir de um grafo. Só conhecia o algoritmo de Kruskal, portanto já foi algo de novo. E qual é a diferença entre os dois algoritmos? São praticamente iguais, mas aqui fica uma breve explicação para quem não conhece os algoritmos e não sabe sequer o que é uma AEM.

Uma árvore de expansão mínima é um sub-grafo do grafo, que liga todos os vértices, sendo o somatório do peso das arestas o mínimo possível, garantindo que o grafo obtido é acíclico e que o número de arestas da árvore tem de ser exactamente igual a N -1, sendo N o número de vértices.
O algoritmo de Kruskal vai adicionando à árvore a aresta de menor custo possível disponível, garantindo que não se forma um ciclo e até estarem as N – 1 arestas pretendidas.
O algoritmo de Prim, escolhe um vértice inicial aleatório e, em vez de ter imediatamente todas as arestas disponíveis, verifica qual é a menor aresta que ele próprio possui, adicionando essa aresta à AEM e obtendo o vértice oposto dessa mesma aresta. De seguida, verifica-se qual é a
aresta de menor peso de todos os vértices considerados até ao momento, e obtêm-se outro vértice, continuando-se a obter vértices por este processo (e a respectiva aresta) até se obter a árvore.

E agora, ao estilo de ERSS e de PESI, termino este post com umas dúvidas existenciais:
  • Qual é a diferença entre um grafo e uma árvore de expansão mínima, para que os dois gajos que fizeram o trabalho que eu estou a testar terem considerado uma classe Grafo e uma classe AEM?
  • Qual é a coisa pior que ser um monkey coder? É ser um monkey coder tester...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Microsoft XNA Framework

Este é um post que, sem dúvida nenhuma, pode ser considerado como muito geek, já que fala de uma coisa que, mesmo para muitos dos que são do mundo informático, é desconhecida.

Tive conhecimento desta framework em Março, numa das sessões do Microsoft Tech Days Lisbon 07, sessão esta que foi apresentada de uma forma brilhante por um senhor chamado Rob Miles. E, além da apresentação ter sido excelente, também o seu conteúdo foi muito interessante. Digamos que saí de lá com uma vontade imensa de experimentar aquilo.

Mas o que é então o XNA? Muito poderia haver a dizer sobre isto mas, resumidamente, trata-se de uma framework que integra um conjunto de ferramentas que facilita o desenho, gestão e desenvolvimento de jogos, quer para computador quer para a XBox, de uma forma muito ágil. Mais informações sobre XNA no site oficial ou na Wikipedia, para quem preferir passar à frente a conversa de marketing.

Para desenvolver algo utilizando XNA, é necessário instalar o seguinte, pela ordem indicada:
  1. Visual C# 2005 Express (~30MB)
  2. Visual C# 2005 Express SP1 (~25MB)
  3. XNA (~80MB)
A instalação não demora muito e é preciso ter em atenção que mesmo tendo outra versão do Visual Studio instalada, continua a ser necessário instalar na mesma a versão Express... Também fiquei um bocado surpreendido e vá-se lá saber o motivo disto...

Para quem tiver curiosidade em aprender XNA, pode dar uma vista de olhos nestes tutoriais, dos quais eu recomendo os seguintes:
e finalmente, o mais engraçado e que surge na sequência dos 3 anteriores e que permite obter um jogo minimamente funcional, o conhecido Asteroids:
Ver estes tutoriais e ir experimentado simultâneamente é muito bom e aprende-se facilmente, chegando mesmo ao ponto de uma pessoa se antecipar em relação ao tutorial. E ainda outra grande vantagem que não tinha referido: a linguagem de programação é, embora esteja explícita nos programas que é necessário instalar, uma linguagem muito alto nível, nomeadamente C#. Fantástico!

E agora coloca-se a pergunta: será que eu hoje acordei num estado qualquer maluco e geek, para me lembrar de experimentar isto, ao fim de tanto tempo depois de ter visto aquela apresentação em Lisboa? A resposta é não! Ou acham mesmo que eu ia passar uma tarde de um domingo a fazer isto?

Para a disciplina de MADS, era necessário escolher um tema de trabalho, que seria posteriormente desenvolvido de acordo com métodos ágeis, nomeadamente Extreme Programing (XP), aplicando para tal o conceito de Pair Programming.

A data imposta pelo professor para escolha de um tema estava prestes a terminar e, o pessoal já traumatizado com os plugins para o Eclipse (outro trauma...) desenvolvidos em LESO no ano passado, andava a ficar preocupado, pois caso não se indicasse tema, este seria "imposto".
Isto até ao dia em que eu, o Quim e a Susana estávamos a lanchar no bar da biblioteca e precisamente a faltar a MADS (mas a discutir o trabalho...) e aparece o Marco, que nem sequer tem a dita disciplina e propôs um jogo em XNA. Gostámos imediatamente da ideia e começámos logo ali a amadurecer pormenores para o jogo.

Já todos conhecíamos XNA e queríamos experimentar, aliado ao facto de ser em C# e consequentemente impedir o uso do Eclipse, tão venerado pelo professor, contribuiu imediatamente para um grande entusiasmo, especialmente o Quim, que adora C#. Os restantes membros do grupo, à falta de outras ideias, também aceitaram e ficou então decidido.
E entre todos, começámos logo ali a definir algumas coisas, com a ajuda posterior do Fábio e do Diogo, desta feita já no bar do meio. Aqui ficam alguns pormenores sobre o jogo:
  • Tema: Jogo das Apanhadas / Caçadinhas / Toca e Foge (2D)
  • Modos de jogo: single (todos contra todos), equipas (uma equipa tem de apanhar outra(s), os jogadores apanhados podem ser salvos), time trial (passar uma bomba que explode ao fim de X tempo) -- num PC e em LAN
  • Mapa: maior que o ecrã, de modo aos jogadores poderem esconder-se
  • Extras: veículos, armas, boost items
  • Bots: 2 níveis de dificuldade
Parece divertido, não é? Já que temos liberdade de escolha, porque não ser algo assim? Tal como dizem os tutoriais, desenvolver um jogo em XNA deverá ser quase ou mesmo tão divertido como jogá-lo... Sounds very geek...

E o principal problema: será que o professor aceita isto? Pois bem, aceitou! E como é necessário aprender XNA até à data da primeira iteração do projecto, dia 30 de Novembro, decidi fazer já os tutoriais e aprender qualquer coisa. Não acho que me vá esquecer até lá e de facto isto é bastante intuitivo e está bem documentado, portanto não acho que haverá grande crise.

E tendo acabado o tutorial 4, fiquei com o Asteroids a funcionar minimamente. Mas estava de tal maneira entusiasmado com aquilo, que decidi seguir a sugestão de continuar a implementar mais umas funcionalidades, nomeadamente:
  • carregar a arma da nave com mais tiros
  • passagens de nível (aumentando sempre o número de asteróides e as suas velocidades)
  • existência de vidas, com conceitos de perder / ganhar vidas e game over
  • highscore
  • novos sons
O jogo até ficou porreiro, criei um installer e tudo (não me chamem geek, porque com o Visual Studio faz-se em 5 minutos), e só não disponibilizo aqui porque aparentemente não funciona num PC que não tenha XNA instalado... Deveria funcionar, mas devem ser problemas de dependências ou DLLs, que não consegui resolver... Se por acaso um dia tiver tempo e volte a olhar para aquilo, tento descobrir porquê e meto o jogo aqui.

De referir que acho que exagerei no nível de dificuldade... Conseguir chegar ao nível 5 já não é mau, chegar ao 6 é muito bom e alcançar o 7 é de doidos... Cheguei ao 7 uma vez e foi game over quase instantaneamente, tal a quantidade de asteróides e a velocidade com que estes se deslocavam... Pobre da minha nave!

E chega de conversa geek, que já passa das 4 da manhã... O tempo passa... Felizmente que a entrevista com a Dra. Lígia Ribeiro, Pro-Reitora da UP é só às 14h30 e não às 9h, como inicialmente pensava!

sábado, 17 de novembro de 2007

A surpresa chamada McKinsey

Há cerca de duas semanas recebi, já depois das oito da noite, um telefonema da McKinsey & Company, a perguntar se queria ir fazer um teste no dia seguinte. Tendo em conta que foi tão em cima da hora, não tive outro remédio senão rejeitar a proposta, já que tinha coisas combinadas para o dia seguinte que não podia desmarcar e além disso também queria abalar no final do dia para a Covilhã, para aproveitar o fim de semana prolongado.

Na semana passada, a empresa enviou um email para os finalistas de cursos de engenharia da FEUP, indicando uma data para realização de outro teste, pedindo confirmação para quem quisesse ir fazê-lo.

Desta vez, apesar de já ter confirmado a minha presença num evento da Microsoft Portugal, que ocorreu no mesmo dia, decidi ir fazer o teste e confirmei por telefone quando me contactaram, ainda antes de ter enviado o email sequer. Das quatro sessões do evento a que seria possível assistir (algumas decorriam em paralelo), acabei por ver apenas uma na íntegra, já que tive entrevista com o Reitor, na Reitoria dos Leões (antiga Faculdade de Ciências), de manhã e depois de tarde tive que sair a meio de uma sessão para ir fazer o teste, acabando ainda por perder a última sessão.

Só tive tempo para imprimir e dar uma vista de olhos no teste modelo da McKinsey na véspera do teste e confesso que até fiquei um pouco assustado com aquilo, já que me pareceu muito orientado a pessoal de Gestão. Ainda assim, já que tinha confirmado e ao fim ao cabo seria uma experiência nova, acabei por ir fazer o dito teste, sem qualquer pressão porque não seria propriamente um objectivo de vida e pelo qual fosse ficar demasiado frustrado caso corresse mal.

Um teste em inglês, com 26 perguntas para 75 minutos, com 3 casos de estudo diferentes para ler, analisar gráficos e tabelas, fazer contas e queimar neurónios sem poder usar calculadora é obra... Já que estava lá, tentei dar o meu melhor e acabei por sair de lá com a "cabeça em água" e meio atrofiado, já que aquilo tinha perguntas daquelas de comer a cabeça completamente. Tal como a pessoa responsável que estava lá disse, poucas pessoas conseguem fazer tudo e, apesar de aquilo ser escolha múltipla, optei por não responder à sorte às seis questões que ainda faltavam quando o tempo acabou...

Fomos depois informados, que na manhã do dia seguinte, iríamos receber no email o resultado, indicando a selecção e passagem à próxima fase ou não. Ora, eu estive em casa toda a manhã a trabalhar (e obviamente ligado à internet) e não recebi qualquer email da McKinsey, pelo que deduzi que não seria escolhido, o que não me surpreendia. Saí de casa às 13h20 para ir almoçar com o Telmo a Psicologia, chego à
FEUP praticamente às 15h e outro pessoal do meu curso que também tinha ido ao teste começa-me a perguntar se tinha recebido email... Vou ver o email e, qual não é o meu espanto, quando vejo um email a dizer que tinha sido seleccionado para a próxima fase de entrevistas e que iria ser brevemente contactado...

Enfim, uma empresa de consultoria nas áreas de gestão e engenharia não era propriamente aquilo que eu estava a pensar quando acabasse o curso, mas também não digo que não... Antes isso do que ser monkey coder!!!
Já que fui um dos seleccionados, agora também quero ver onde consigo chegar e ver no que isto dá. Mas mesmo assim, não deixa de ser uma surpresa, agradável, que apareceu assim do nada e quando menos se esperava...

O ressabianço

Gostaria de ter escrito este post ontem à noite, mas decidi não o fazer, já que estava de tal maneira irritado que ainda vinha para aqui insultar alguém. Foi necessário bastante força de vontade para me conter.

Como o meu tema de trabalho de PESI é o SIFEUP e a sua consequente extensão às restantes faculdades da Universidade do Porto através do SIGARRA, o meu grupo decidiu enviar emails a algumas pessoas que estiveram nas origens do SIFEUP ou que estão actualmente a desempenhar cargos directamente relacionados com estes sistemas de informação.

Uma dessas pessoas foi o professor Gabriel David, o designado "pai" do SIFEUP, já que foi umas das pessoas que esteve intensamente envolvida na origem do sistema, no planeamento da sua arquitectura e implementação, desempenhando ainda o papel de coordenador.

Na sequência ao primeiro email por mim enviado, obtive uma resposta afirmativa, que poderíamos contar com ele para nos esclarecer algumas dúvidas e responder às nossas perguntas, pedindo-nos para sugerir datas. Como resposta, enviei um conjunto de possibilidades (bastante alargado e flexível), de entre as quais ele escolheu uma, dia 7 de Novembro às 17h.
Precisamente nesta data e hora, estive eu uma hora e meia sentado no chão à porta do gabinete dele à espera, tendo acabado por desistir de esperar quando apareceu a senhora das limpezas a querer limpar o chão... Isto, só por si, já me deixou bastante chateado, já que até fui à FEUP de propósito e tudo...

Era para mandar um email logo de seguida a marcar como outra reunião, mas devido ao ressabianço que já tinha acumulado e ao facto de ainda não ter falado com o resto do grupo para verificar disponibilidades, acabei por deixar andar... Ontem estava eu descansado da vida, quando vejo aparecer no Gmail Notifier um email enviado por esse professor... Quando o abri, só me deu vontade de o insultar e de lhe bater... Então não é que o homem me diz que tinha a sensação de já ter marcado uma reunião comigo e que não a conseguia encontrar na agenda...

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Atitudes destas, acrescentando ainda a ausência de resposta por parte do Eng. Tito Vieira, director do CICA, são lamentáveis... E ganham uma dimensão ainda maior, quando até o próprio Reitor da Universidade do Porto se disponibilizou para nos receber (e recebeu, de facto) e responder às nossas questões. Esta sim, uma atitude e uma pessoa de louvar! Se uma pessoa com uma agenda tão ocupada tem disponibilidade para nos atender, acho que qualquer desculpa dada pelos outros se torna relativamente "esfarrapada"...

Professor, se não encontra a reunião na sua agenda, eu encontro: veja no dia 7 de Novembro, às 17h... Eu confirmo, o Rodolfo confirma, o professor Vidal confirma, e mais alguns professores que passaram por aquele corredor aquela hora também confirmam.
O interesse na reunião mantém-se, já que é importante para o nosso trabalho, já foi enviado novo email a sugerir datas, e agora veja já se não se esquece, por favor...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Apresentação de PESI: great success

Hoje às 17h foi a apresentação relativa à análise do artigo IS-enabled sustainable competitive advantage in financial services, retailing and manufacturing, para a disciplina de PESI.

O tema do artigo é, de uma forma resumida, sobre como os sistemas de informação podem permitir alcançar vantagens competitivas sustentadas, ou seja: os sistemas de informação trazem benefícios para uma organização que, através de um conjunto de factores se podem tornar em vantagens competitivas que, por sua vez, mediante outro conjunto de factores, permitem alcançar a sustentabilidade.

E agora que está feito o resumo, escrevo então sobre a apresentação. Para começar, devo indicar que 107 slides de Power Point foram apresentados entre 15 a 20 minutos. Pode ser um exagero para muitas pessoas, mas nós, enquanto grupo, fomos demasiado influenciados (positivamente) por uma apresentação realizada por um colega do ano anterior ao nosso, Miguel Vicente, cujo tema de apresentação era precisamente sobre técnicas de como fazer uma boa apresentação.
Eu disse colega, mas posso perfeitamente dizer amigo, já que é uma pessoa que conheço desde os primeiros minutos em que pus os pés na FEUP e que se ofereceu para me ajudar a procurar casa no Porto, por também ele saber das dificuldades que uma pessoa passa quando vai estudar para uma cidade onde não conhece nada nem ninguém. Chegou ao ponto de, inclusivamente, me dizer que caso não encontrasse nenhum sítio depressa, que poderia ficar em casa dele o tempo que quisesse até me desenrascar e encontrar abrigo... Ora, isto vindo de uma pessoa que, na altura, tinha acabado de me conhecer, é de louvar e muito. Pronto, mas voltando à apresentação, que já me estou a desviar da conversa...

No semestre passado, na disciplina de Investigação Operacional, utilizei uma apresentação exactamente deste género, já que o Miguel fazia parte do meu grupo e sugeriu imediatamente fazer a apresentação naquele estilo. Foi ele que fez todos os slides na altura, já que eu e o Mário estávamos cheios de trabalho, e o curioso foi que, apesar de ter visto a apresentação apenas cerca de uma hora e meia antes, consegui apresentar sem qualquer problema a minha parte, o mesmo acontecendo com o Mário. É verdade que todos nós participámos muito activamente no trabalho e sabíamos perfeitamente o que estaria na apresentação, mas não exactamente a forma em como isso estava apresentado... Esta apresentação detém, até hoje, o meu recorde de slides por unidade de tempo: nada mais nada menos que 276 slides apresentados em cerca de 20 minutos!!!

Uma apresentação deste género é caracterizada por poucas palavras em cada slide e uso de bastantes imagens ao longo da apresentação. Geralmente fica uma ideia por slide e, como têm tão pouco conteúdo, obriga o orador a estar constantemente a carregar numa tecla que avance para o slide seguinte.

Que vantagens tem então uma apresentação deste estilo?
Para o orador tem a vantagem de estar a apresentar os slides quase como se estivesse a falar com um amigo, quase que como a contar uma história. Na minha opinião, o nervosismo diminui um pouco, até porque, como está pouca coisa em cada slide, não se corre o risco de ficar "bloqueado" a olhar para um slide em caso de esquecimento do que lá está e desatar a ler... Neste caso, mesmo que isso aconteça, o tempo de leitura é tão rápido, que o auditório nem dá por isso, já que um ligeiro olhar para o monitor é suficiente.
Por sua vez, no que diz respeito ao auditório, este é completamente "bombardeado" com uma quantidade de slides a passar a um ritmo elevado, o que não se torna tão secante e capta a atenção, já que o auditório é implicitamente convidado e desafiado a compreender a lógica do que está a ser apresentado. Numa apresentação dita normal, em que a quantidade de informação num slide é elevada, penso que há duas possibilidades para o que pode acontecer: o auditório fica a ler toda a informação no slide e não escuta nada do que o orador está a dizer; ou então, olha para aquela quantidade toda de texto, desmotiva e começa a fazer outra coisa qualquer...
No entanto, recomendo a utilização deste estilo com alguma moderação, porque também não se pode aplicar sempre e tem algumas desvantagens. É necessário alguma coordenação no ritmo a que se passam os slides à medida que se fala, possuir uma boa articulação oral, preparar minimamente a apresentação (não tão no sentido da sequência de slides, mas sim no domínio daquilo que se vai apresentar, para estar seguro do que diz e não "engasgar") e, finalmente, dar algum entusiasmo à apresentação.

E no que diz respeito à apresentação de hoje propriamente dita, posso dizer que, além dos numerosos emoticons usados, até teve direito a uma foto da Jeniffer Lopez para demonstrar as "vantagens competitivas"... O público masculino percebe logo ao que me refiro, se bem que eu ainda pensei meter uma foto da Scarlett Johansson ou da Keeley Hazel... A Susana não deixou, achou as fotos pouco soft e achou melhor não... Mas mesmo assim correu bem e deu logo para cativar a atenção...
Outra das coisas engraçadas da apresentação, para além disto tudo, foi o uso da palavra, ou melhor, do palavrão "generalisabilidade", que nem sequer existe em português, mas era referido no artigo e que custa imenso soletrar... Obviamente, esta palavra, foi acompanhada de emoticon com uma expressão de autenticamente "What The Fuck?". A ideia original era colocar um que tivesse uma pequena placa com as conhecidas iniciais WTF, mas não conseguimos encontrar uma imagem com tamanho suficientemente grande para isso e, depois pensando melhor, reconsiderámos porque a professora podia não achar grande piada...
Enfim, correu altamente a apresentação! Valeu a pena termos perdido o tempo que perdemos a fazê-la!

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

À meia dúzia é mais barato!

Não vi nem ouvi o jogo Benfica-Boavista, já que estive na FEUP a fazer o resumo / análise crítica e a apresentação do artigo de PESI que terei de apresentar na aula de terça-feira. Nem me lembrei da hora do jogo, sequer!

E quando fui jantar ao Campus, comecei por ficar contente quando vi o Sporting a levar 3 do Braga e a ser completamente humilhado. Quando cheguei novamente à FEUP para recomeçar novamente a trabalhar, não resisti a ir dar um saltinho ao site do jornal A Bola para ver o resultado do Benfica. Fiquei super contente, claro! Não faço ideia se foi um jogo de domínio avassalador por parte do Benfica ou não, mas conta o resultado final. E hoje em dia, meia dúzia de golos num jogo é muito, principalmente quando são marcados pela mesma equipa. 6-1, um autêntico resultado à moda antiga!

E para completar o meu estado de euforia futebolística, nada melhor para acabar o dia do que chegar a casa à 1h depois de um dia intenso de trabalho e verificar que o Porto empatou e desperdiçou mais dois pontos.

Não sou como aqueles gajos que são mais anti-benfiquistas do que adeptos do seu próprio clube, daqueles que ficam mais contentes por ver o Benfica perder do que ver o seu clube ganhar, mas não posso deixar de ficar contente por ver estes dois grandes rivais perderem pontos, principalmente o Porto. Além de ser aquele que ainda se encontra à frente (ressalvo já isto para ninguém ter de me o lembrar) e portanto dar para encurtar caminho até à liderança, dado que estou no Porto sempre dá para chatear um pouco a cabeça ao pessoal que mais me chateia quando o Benfica tem piores resultados.

Pode-se dizer que o grande vencedor da jornada veste de vermelho, tem o maior estádio português, a maior massa de sócios do mundo e que se dá pelo nome Benfica!
Portistas, cuidem-se que nós já vemos o primeiro lugar a apenas 4 pontos e já só dependemos de nós próprios desde a jornada passada!

Assinado: Sócio 124571

domingo, 11 de novembro de 2007

Os fins de semana do pouco ou nada...

Este post será um pouco esquisito e, de certa forma, relaciona-se de um modo algo indirecto com as minhas idas a casa de fim de semana.

Tudo começou ontem de tarde, quando recebi uma mensagem de uma das minhas melhores amigas, em que basicamente a questão central da mensagem era a perguntar se eu ia à Covilhã este fim de semana. A esta pergunta eu respondi que não iria a casa, já que tinha trabalhos para fazer e que ainda por cima já tinha ido o fim de semana passado, conforme referi em posts anteriores. E para complementar a informação na mensagem de resposta que enviei, disse que se calhar a próxima ida à Covilhã seria provavelmente apenas nas férias do Natal, salvo alguma coisa decidida assim à última hora...

Ora, até aqui tudo bem... Mas, não bastava já estar um pouco chateado por ter passado uma tarde de um sábado em pleno estilo monkey coder e por estar a ler o artigo meio chato de PESI que vou ter que resumir e apresentar até terça-feira, quando recebo outra mensagem da dita cuja em modo ofensivo a dizer, mais ou menos, que "afinal de contas vou à Covilhã e não digo nada a ninguém"...

Fico lixado com estas coisas!! Tenho de ficar... Se há coisa que eu aprendi ao longo deste tempo todo que tenho estado no Porto e das várias vezes que fui à Covilhã de fim de semana, é que um fim de semana, nem que seja prolongado, consegue bater recordes de velocidade em radares, de modo que quem é apanhado não é o infractor mas sim o condutor do Mini que vem a seguir... Quero com isto dizer que estes fins de semana passam a uma velocidade estúpida e quando um gajo dá por isso já está a fazer as malas de novo ou até mesmo a meio da viagem de regresso!!

Tendo em conta a quantidade de pessoas com quem gostaria de estar, ou pelo menos ver, sejam elas de família ou amigos, seria preciso não um fim de semana, mas sim a semana inteira, o que não é de forma alguma viável... Em alternativa, teria de me conseguir dividir em vários... Mas eu não me chamo Usumaki Naruto (personagem de anime) nem tão pouco sei a técnica por ele usada de Kage Bunshin no Jutsu para criar clones, portanto isto também se torna humanamente impossível.
Além disso, se juntar a isto tudo, o facto de não ter carro e a quantidade muito reduzida de transportes públicos que tenho à disposição, ainda por cima em fim de semana, não ajudam muito nas minhas soluções de mobilidade, o que dificulta isto ainda mais. E ainda por cima, falando com pessoas que estão numa situação semelhante à minha, todas elas me dizem o mesmo: os fins de semana já são curtos, mas quando se vai a casa ainda encolhem mais...

Como tal, é para mim completamente impossível estar com todas estas pessoas numa simples ida de fim de semana a casa... Eu obviamente agradeço bastante este interesse e esta vontade destas pessoas que querem estar comigo... Mas bolas, o facto de eu nem avisar quando vou tem as suas vantagens: além de poder fazer surpresas, pelo menos todas as outras pessoas que queriam estar comigo não ficam desiludidas e tristes caso não consigam estar comigo. Para ficar desapontado nesse caso já basta ficar eu, não é preciso estar a propagar isso aos outros...

E além disso, tendo plena consciência desta impossibilidade de estar com todos, acho que seria ainda pior e mais injusto caso eu avisasse sempre que fosse a casa e depois tivesse que andar a seleccionar pessoas em detrimento de outras por o tempo não ser suficiente. E se a vontade de me ver ou estar comigo é assim tão grande, porque não aproveitarem para fazer uma viagem até ao Porto? É que todas estas pessoas já foram convidadas, e várias vezes, a vir até ao Porto e o número de visitas até hoje foi.... ZERO! É verdade que são 250 km, mas de carro demora-se pouco mais de duas horas e é sempre auto-estrada, a maior parte dela até grátis...

Portanto Helena, e a todos os outros que possam pensar como tu, digo aqui o mesmo que te disse na mensagem: quem puder ver óptimo, quem não puder paciência, não é por isso que me esqueço dessas pessoas.
E a vantagem de ter ficado um bocadinho irritado com isto tudo é simples: aumenta o meu grau de frontalidade. Se alguém tiver alguma solução milagrosa que avise, que eu cá a analisarei... Se alguém quiser ficar chateado comigo por motivos destes, que fique... O que raio posso eu fazer?

E pronto, esta porcaria acabou por me estragar um bocado o final do dia, portanto vou mas é dormir que amanhã será a primeira vez este semestre a ter que passar uma tarde / noite de um fim de semana a trabalhar na FEUP.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Página pessoal

Finalmente fiz uma coisa que já há muito tempo andava para fazer: a minha página pessoal. É quase vergonhoso um aluno que ainda por cima é de informática, chegar ao último ano de curso sem se ter dado ao trabalho de perder umas horas para fazer a sua página pessoal.

Foi preciso haver quase uma imposição por parte do director de curso que, tendo como motivo a preparação dos estágios, sugeriu a elaboração de uma página pessoal que pudesse posteriormente ser consultada pelas empresas. Esta sugestão provocou um frenesim tremendo entre quase todos os alunos finalistas, que já desenvolveram ou estão a desenvolver actualmente a página pessoal.

Aproveitando os dias em que fui passar à Covilhã no último fim de semana tratei de começar a desenvolver a página. Tendo em conta que na sexta-feira fui eu que decidi fazer ponte e que a maior parte dos meus amigos teve aulas / trabalhou, aproveitei o dia da melhor maneira possível, acordei cedinho e, quase de uma assentada, fiz 85% da página, incluindo adaptação do design a usar e decisão de conteúdos, coisa que é sempre uma tarefa complicada.

Procurei não fazer a página com um aspecto demasiado profissional e exclusivamente orientado às eventuais empresas que a poderão consultar, dado que, colocando a questão nestes termos, deixaria completamente de ser a minha página pessoal, coisa que eu de forma alguma não pretendia. Assim, é um bocado de mix, que pode perfeitamente satisfazer os dois motivos que impulsionaram a sua criação.

Nesta minha página pessoal, podem encontrar informação sobre os seguintes temas:
  • uma pequena introdução à página propriamente dita;
  • uma secção sobre mim, que inclui também os meus hobbies e ainda uma galeria de fotos;
  • uma secção dedicada à minha vida académica no secundário e faculdade, bem como o meu Curriculum Vitae;
  • finalmente, uma página com os meus contactos.
Para quem não tiver em mente contratar-me para efeitos de emprego, a menos que esteja interessada no meu percurso académico em termos de resultados obtidos, acho que dispensa perfeitamente a consulta da parte da vida académica. Será sem dúvida muito mais interessante ver as partes relativas à minha vida pessoal propriamente dita e divertir-se um bocado com algumas fotos que tenho na galeria. :)

A página está, actualmente, exclusivamente em português, embora tenha tudo encaminhado e preparado para suportar outras línguas, nomeadamente o inglês (obviamente) e o francês (capricho pessoal). Contudo, não tenho pachorra suficiente para estar a traduzir aquilo tudo, principalmente porque há demasiadas coisas que eu nem sei muito bem como hei-de traduzir...

Os primeiros comentários

Finalmente recebi os meus primeiros comentários no blog! Fiquei bastante surpreendido, mas feliz, quando no sábado passado, em casa do meu primo Jorge, fui ver o email e constatei que tinha dois comentários em dois posts do blog.

Não faço ideia de como essa pessoa conseguiu encontrar o blog, mas a verdade é que conseguiu e sem sequer ter sido preciso eu fazer essa divulgação, o que só prova que a minha teoria até está correcta. Mais tarde ou mais cedo iria acabar por acontecer.

Actualmente, talvez se torne normal que o número de visitas ao blog aumente ligeiramente, já que quem tiver interesse em consultar a minha página pessoal e ler tudo o que está lá, facilmente descobre o link relativo aqui ao meu cantinho pessoal. Mas de qualquer maneira, apesar de não saber se mais alguém lia o blog anteriormente a estes comentários ou não, o mérito vai para quem teve a coragem de o fazer e, principalmente, ser o primeiro a enviar comentários. Obrigado pelos comentários Nuno! :) E ainda te estou a dever uma borracheira por me teres substituído naquela reunião final com os professores de LGP para discutir o trabalho e as notas, e que me evitou uma deslocação da Covilhã até Porto de propósito só por causa da reunião.

Bem, mas agora que o blog já foi oficialmente "descoberto" e com direito a estreia dos no que se refere a comentários, isto aumentará um pouco o meu grau de responsabilidade para com o blog e os seus leitores. É a pressão a aumentar! :)