domingo, 11 de novembro de 2007

Os fins de semana do pouco ou nada...

Este post será um pouco esquisito e, de certa forma, relaciona-se de um modo algo indirecto com as minhas idas a casa de fim de semana.

Tudo começou ontem de tarde, quando recebi uma mensagem de uma das minhas melhores amigas, em que basicamente a questão central da mensagem era a perguntar se eu ia à Covilhã este fim de semana. A esta pergunta eu respondi que não iria a casa, já que tinha trabalhos para fazer e que ainda por cima já tinha ido o fim de semana passado, conforme referi em posts anteriores. E para complementar a informação na mensagem de resposta que enviei, disse que se calhar a próxima ida à Covilhã seria provavelmente apenas nas férias do Natal, salvo alguma coisa decidida assim à última hora...

Ora, até aqui tudo bem... Mas, não bastava já estar um pouco chateado por ter passado uma tarde de um sábado em pleno estilo monkey coder e por estar a ler o artigo meio chato de PESI que vou ter que resumir e apresentar até terça-feira, quando recebo outra mensagem da dita cuja em modo ofensivo a dizer, mais ou menos, que "afinal de contas vou à Covilhã e não digo nada a ninguém"...

Fico lixado com estas coisas!! Tenho de ficar... Se há coisa que eu aprendi ao longo deste tempo todo que tenho estado no Porto e das várias vezes que fui à Covilhã de fim de semana, é que um fim de semana, nem que seja prolongado, consegue bater recordes de velocidade em radares, de modo que quem é apanhado não é o infractor mas sim o condutor do Mini que vem a seguir... Quero com isto dizer que estes fins de semana passam a uma velocidade estúpida e quando um gajo dá por isso já está a fazer as malas de novo ou até mesmo a meio da viagem de regresso!!

Tendo em conta a quantidade de pessoas com quem gostaria de estar, ou pelo menos ver, sejam elas de família ou amigos, seria preciso não um fim de semana, mas sim a semana inteira, o que não é de forma alguma viável... Em alternativa, teria de me conseguir dividir em vários... Mas eu não me chamo Usumaki Naruto (personagem de anime) nem tão pouco sei a técnica por ele usada de Kage Bunshin no Jutsu para criar clones, portanto isto também se torna humanamente impossível.
Além disso, se juntar a isto tudo, o facto de não ter carro e a quantidade muito reduzida de transportes públicos que tenho à disposição, ainda por cima em fim de semana, não ajudam muito nas minhas soluções de mobilidade, o que dificulta isto ainda mais. E ainda por cima, falando com pessoas que estão numa situação semelhante à minha, todas elas me dizem o mesmo: os fins de semana já são curtos, mas quando se vai a casa ainda encolhem mais...

Como tal, é para mim completamente impossível estar com todas estas pessoas numa simples ida de fim de semana a casa... Eu obviamente agradeço bastante este interesse e esta vontade destas pessoas que querem estar comigo... Mas bolas, o facto de eu nem avisar quando vou tem as suas vantagens: além de poder fazer surpresas, pelo menos todas as outras pessoas que queriam estar comigo não ficam desiludidas e tristes caso não consigam estar comigo. Para ficar desapontado nesse caso já basta ficar eu, não é preciso estar a propagar isso aos outros...

E além disso, tendo plena consciência desta impossibilidade de estar com todos, acho que seria ainda pior e mais injusto caso eu avisasse sempre que fosse a casa e depois tivesse que andar a seleccionar pessoas em detrimento de outras por o tempo não ser suficiente. E se a vontade de me ver ou estar comigo é assim tão grande, porque não aproveitarem para fazer uma viagem até ao Porto? É que todas estas pessoas já foram convidadas, e várias vezes, a vir até ao Porto e o número de visitas até hoje foi.... ZERO! É verdade que são 250 km, mas de carro demora-se pouco mais de duas horas e é sempre auto-estrada, a maior parte dela até grátis...

Portanto Helena, e a todos os outros que possam pensar como tu, digo aqui o mesmo que te disse na mensagem: quem puder ver óptimo, quem não puder paciência, não é por isso que me esqueço dessas pessoas.
E a vantagem de ter ficado um bocadinho irritado com isto tudo é simples: aumenta o meu grau de frontalidade. Se alguém tiver alguma solução milagrosa que avise, que eu cá a analisarei... Se alguém quiser ficar chateado comigo por motivos destes, que fique... O que raio posso eu fazer?

E pronto, esta porcaria acabou por me estragar um bocado o final do dia, portanto vou mas é dormir que amanhã será a primeira vez este semestre a ter que passar uma tarde / noite de um fim de semana a trabalhar na FEUP.

1 comentário:

cometa disse...

Eu próprio que moro a uns míseros 75 Km do Porto no que o fim-de-semana é extremamente curto para o poder aproveitar como devia ser.. E da maneira como as coisas estão, a própria semana parece curta para conseguir dar vazão a todos os trabalhos que tenho para fazer. Também tive uma semana um bocado irritante porque pensei que ia chegar na sexta-feira e gozar um fim de semana, mas soube que o meu colega de grupo não tinha feito a parte dele como devia ser e tive de andar eu até ontem às quatro da manhã para não deixar o trabalho por entregar. Mesmo estando na mesma cidade que os amigos e namorada, fui obrigado a rejeitar os convites. Bhaa estava a tentar ser solidário, mas acho que não consegui :P