terça-feira, 13 de novembro de 2007

Apresentação de PESI: great success

Hoje às 17h foi a apresentação relativa à análise do artigo IS-enabled sustainable competitive advantage in financial services, retailing and manufacturing, para a disciplina de PESI.

O tema do artigo é, de uma forma resumida, sobre como os sistemas de informação podem permitir alcançar vantagens competitivas sustentadas, ou seja: os sistemas de informação trazem benefícios para uma organização que, através de um conjunto de factores se podem tornar em vantagens competitivas que, por sua vez, mediante outro conjunto de factores, permitem alcançar a sustentabilidade.

E agora que está feito o resumo, escrevo então sobre a apresentação. Para começar, devo indicar que 107 slides de Power Point foram apresentados entre 15 a 20 minutos. Pode ser um exagero para muitas pessoas, mas nós, enquanto grupo, fomos demasiado influenciados (positivamente) por uma apresentação realizada por um colega do ano anterior ao nosso, Miguel Vicente, cujo tema de apresentação era precisamente sobre técnicas de como fazer uma boa apresentação.
Eu disse colega, mas posso perfeitamente dizer amigo, já que é uma pessoa que conheço desde os primeiros minutos em que pus os pés na FEUP e que se ofereceu para me ajudar a procurar casa no Porto, por também ele saber das dificuldades que uma pessoa passa quando vai estudar para uma cidade onde não conhece nada nem ninguém. Chegou ao ponto de, inclusivamente, me dizer que caso não encontrasse nenhum sítio depressa, que poderia ficar em casa dele o tempo que quisesse até me desenrascar e encontrar abrigo... Ora, isto vindo de uma pessoa que, na altura, tinha acabado de me conhecer, é de louvar e muito. Pronto, mas voltando à apresentação, que já me estou a desviar da conversa...

No semestre passado, na disciplina de Investigação Operacional, utilizei uma apresentação exactamente deste género, já que o Miguel fazia parte do meu grupo e sugeriu imediatamente fazer a apresentação naquele estilo. Foi ele que fez todos os slides na altura, já que eu e o Mário estávamos cheios de trabalho, e o curioso foi que, apesar de ter visto a apresentação apenas cerca de uma hora e meia antes, consegui apresentar sem qualquer problema a minha parte, o mesmo acontecendo com o Mário. É verdade que todos nós participámos muito activamente no trabalho e sabíamos perfeitamente o que estaria na apresentação, mas não exactamente a forma em como isso estava apresentado... Esta apresentação detém, até hoje, o meu recorde de slides por unidade de tempo: nada mais nada menos que 276 slides apresentados em cerca de 20 minutos!!!

Uma apresentação deste género é caracterizada por poucas palavras em cada slide e uso de bastantes imagens ao longo da apresentação. Geralmente fica uma ideia por slide e, como têm tão pouco conteúdo, obriga o orador a estar constantemente a carregar numa tecla que avance para o slide seguinte.

Que vantagens tem então uma apresentação deste estilo?
Para o orador tem a vantagem de estar a apresentar os slides quase como se estivesse a falar com um amigo, quase que como a contar uma história. Na minha opinião, o nervosismo diminui um pouco, até porque, como está pouca coisa em cada slide, não se corre o risco de ficar "bloqueado" a olhar para um slide em caso de esquecimento do que lá está e desatar a ler... Neste caso, mesmo que isso aconteça, o tempo de leitura é tão rápido, que o auditório nem dá por isso, já que um ligeiro olhar para o monitor é suficiente.
Por sua vez, no que diz respeito ao auditório, este é completamente "bombardeado" com uma quantidade de slides a passar a um ritmo elevado, o que não se torna tão secante e capta a atenção, já que o auditório é implicitamente convidado e desafiado a compreender a lógica do que está a ser apresentado. Numa apresentação dita normal, em que a quantidade de informação num slide é elevada, penso que há duas possibilidades para o que pode acontecer: o auditório fica a ler toda a informação no slide e não escuta nada do que o orador está a dizer; ou então, olha para aquela quantidade toda de texto, desmotiva e começa a fazer outra coisa qualquer...
No entanto, recomendo a utilização deste estilo com alguma moderação, porque também não se pode aplicar sempre e tem algumas desvantagens. É necessário alguma coordenação no ritmo a que se passam os slides à medida que se fala, possuir uma boa articulação oral, preparar minimamente a apresentação (não tão no sentido da sequência de slides, mas sim no domínio daquilo que se vai apresentar, para estar seguro do que diz e não "engasgar") e, finalmente, dar algum entusiasmo à apresentação.

E no que diz respeito à apresentação de hoje propriamente dita, posso dizer que, além dos numerosos emoticons usados, até teve direito a uma foto da Jeniffer Lopez para demonstrar as "vantagens competitivas"... O público masculino percebe logo ao que me refiro, se bem que eu ainda pensei meter uma foto da Scarlett Johansson ou da Keeley Hazel... A Susana não deixou, achou as fotos pouco soft e achou melhor não... Mas mesmo assim correu bem e deu logo para cativar a atenção...
Outra das coisas engraçadas da apresentação, para além disto tudo, foi o uso da palavra, ou melhor, do palavrão "generalisabilidade", que nem sequer existe em português, mas era referido no artigo e que custa imenso soletrar... Obviamente, esta palavra, foi acompanhada de emoticon com uma expressão de autenticamente "What The Fuck?". A ideia original era colocar um que tivesse uma pequena placa com as conhecidas iniciais WTF, mas não conseguimos encontrar uma imagem com tamanho suficientemente grande para isso e, depois pensando melhor, reconsiderámos porque a professora podia não achar grande piada...
Enfim, correu altamente a apresentação! Valeu a pena termos perdido o tempo que perdemos a fazê-la!

1 comentário:

Anónimo disse...
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