quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Chickie.exe

Nota: Este post é relativo ao último dia de trabalho passado em Angola, dia 17 de Dezembro...

Conforme o título deste post deixa adivinhar, este post terá uma "costela" um pouco geek, já que se refere a um vírus que infelizmente apanhei no portátil da empresa... Não, não andei a consultar nenhum daqueles sites manhosos, nem abri nenhum email suspeito, nem executei nada de invulgar através da internet... A internet em Angola consegue ser tão lenta, que a sua utilização se resume basicamente a ler o mail, consultar sites de jornais para uma pessoa se ir mantendo actualizada, estar no MSN e pouco mais que isso...

Como é que eu apanhei então este vírus? Uma pessoa arma-se em bonzinho e empresta a pen a outras pessoas, que por sua vez inserem a pen em computadores angolanos e depois dá nisto... Computadores que pelos vistos estão completamente minados de vírus e que infectaram a minha pen... Bastou eu ligar a pen no meu portátil e aquilo correr o autorun e já estava o meu computador infectado... E que raio de vírus este que, ao fim de muita paciência para tolerar a lentidão da internet em Angola, descobri no Google chamar-se chickie.exe...

Este vírus esgotou-me a paciência por completo, já que me tirou o acesso a tudo e mais alguma coisa no portátil... O painel de controlo perdeu parte das funcionalidades, as impressoras configuradas também, o find e o run seguiram o mesmo caminho, não conseguia abrir pastas de rede, não consegui abrir sequer executar "C:" na barra de endereços... Enfim, foi do piorio mesmo...

Fiquei um pouco preocupado com medo de perder o trabalho todo que tinha feito nos últimos tempos, mas ao mesmo tempo agradecido por aquilo ter acontecido no último dia de trabalho em Angola... É que caso fosse preciso mandar o portátil para o departamento de informática para ser formatado, estava bem tramado por estar em Angola... Ia ter que aguentar assim até voltar para Portugal e pronto...

Contudo, e como muitas vezes também consigo ser um teimoso / determinado de primeira apanha, não descansei enquanto não resolvi aquilo... Ainda perdi um pouco de tempo durante o horário de trabalho a tentar arranjar uma solução, mas como vi que aquilo era coisa para demorar, optei por continuar a trabalhar com todas aquelas limitações e esperar pela noite em casa...

Quando cheguei a casa, já depois de jantar e de arrumar a mala para regressar a Portugal no dia seguinte, lá meti mãos à obra... Vi a coisa muito complicada no início, até que me lembrei de um programinha que já tinha usado para remover o copy.exe à cerca de um ano atrás... Hijackthis, lembram-se? Pois é, este programinha faz maravilhas... Consegui com ele corrigir a linha que me estava a impedir o acesso ao regedit e a partir daí foi sempre a recuperar os estragos que o vírus me tinha causado a toda a velocidade...

Consegui assim recuperar o acesso a tudo o que tinha perdido e evitar mandar o portátil para o departamento de informática mal chegasse a Lisboa... Se isso tivesse acontecido, até parece que já estava a ouvir o gajo: "eu bem vos avisei para terem cuidado com as pens", "metem-se a instalar skype, messenger e essas porcarias e depois dá nisto", "o portátil anda convosco mas é propriedade da empresa", etc.

Enfim, consegui abandonar o território angolano já com o portátil perfeitamente apto, com a pen limpa de vírus e com o disco externo imaculado, já que milagrosamente não chegou a ser infectado... Com isto tudo e com o facto de ter tido de arrumar a mala primeiro deitei-me for tardíssimo: já passava um bom bocado depois das 3 horas da madrugada quando fui para a cama, sabendo que tinha de acordar às 4h15 para poder ir para o aeroporto e que tinha uma viagem com duração total de quase 24 horas pela frente...

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