quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Joelho à Mantorras

Lembram-se do post que escrevi sobre a primeira ida a Sangano, já no longínquo mês de Novembro do ano passado e durante a minha primeira estadia em Angola? Pois é, já se passou algum tempo desde essa ocasião, mas os mais esquecidos podem sempre recordar esse texto aqui. Também os que nessa aventura participaram podem matar as suas saudades e relembrar um fim de semana muito bem passado.

Apesar de ser uma praia que adoro e sem dúvida a minha preferida em terras angolanas até ao momento, guardo uma má recordação dessa praia, que aconteceu precisamente no primeiro dia em que fui até lá, logo no primeiro mergulho que dei naquelas águas agitadas: torci o joelho direito ao sair da água... É talvez a única má recordação que guardo daquele local!

Dores algo intensas na altura, que entretanto foram passando com o tempo, mas que nunca chegaram a desaparecer completamente... Sempre que jogava uma futebolada, sempre que fazia alguma actividade física que envolvesse maior esforço, tão simples como nadar de forma mais prolongada, caminhar em terrenos mais acidentados, andar depressa ou pura e simplesmente fazer um movimento menos normal, lá voltavam as dores para me chatear... Mesmo quando as dores voltavam, nunca foram dores que considerasse insuportáveis mas, ao jogar futebol principalmente, comecei a resguardar-me de movimentos mais bruscos ou exigentes, evitava fazer remates mais violentos e possíveis choques, comecei a jogar com joelho elástico, enfim adoptei uma série de precauções para me proteger um pouco...

Acontece que, após tanto tempo em que os momentos em que tudo parecia estar bem alternavam com os momentos em que algumas dores voltavam, decidi finalmente deixar de ignorar o tema e consultar um ortopedista... Os resultados da consulta não foram propriamente animadores para o meu lado... Após observar o joelho, efectuar algumas massagens ao joelho e efectuar vários movimentos com a perna que implicaram algumas dores, a conclusão inicial a que o médico chegou, sem ter ainda qualquer exame adicional que comprove o seu diagnóstico, foi uma possível rotura do menisco do joelho direito... Até fiquei branco quando o ouvi referir essa possibilidade... Uma coisita aparentemente de nada que aconteceu ao sair do mar e dá num diagnóstico destes? Apetece-me escrever aqui um grande palavrão, mas não o irei fazer de modo a manter algum respeito neste blog...

A ressonância magnética e os dois raios X que vou fazer na terça-feira ao final da tarde podem ter dois efeitos: provocar-me um grande suspiro de alívio caso seja algo bem mais simples ou provocar-me um desânimo de todo o tamanho... Mas pronto, espero pelo menos que surja alguma indicação inicial sobre o resultado dos exames ainda antes de os ir mostrar ao médico numa nova consulta, pelo menos para eu ficar um pouco mais descansado ou, pelo contrário, me ir preparando para o pior...

Caso o problema seja de facto uma rotura do menisco, os meus próximos tempos não se adivinham nada fáceis... Uma rotura do menisco é algo que vai cicatrizando lentamente e, caso seja uma rotura pequena e numa zona em que de facto essa cicatrização ocorra devagar mas sem problemas, o tratamento será conservador: eventualmente alguma fisioterapia e deixar ir cicatrizando por si, evitando fazer esforços. Pelo contrário, se for uma rotura de maiores dimensões ou caso se encontre numa zona em que a cicatrização normal não aconteça, o meu destino é o bloco operatório, ao qual se seguirá certamente um longo período de recuperação...

Resta-me apenas aguardar pelo resultado dos exames, perceber em que estado se encontra este joelho à Mantorras e esperar que não seja nada de grave...

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