domingo, 2 de novembro de 2008

Sábado espectacular

Já tinha comentado com alguns amigos que este fim de semana ia ser para me divertir à grande, especialmente no sábado. Foi o último fim de semana em que podia aproveitar um bocado antes de partir para Luanda, já que no próximo estarei provavelmente bastante atarefado a arrumar a mala e a confirmar e reconfirmar que tenho de facto tudo o que preciso e que não me esqueço de nada. Daqui a uma semana, à mesma hora em que escrevo este post, estarei provavelmente no aeroporto da Portela prestes a levantar voo ou, caso os famosos atrasos do aeroporto de Lisboa não se verifiquem, estarei já a alguns pés de altitude...

Voltando então ao sábado... Acordei consideravelmente cedo para aquilo que se considera normal num fim de semana mas, tendo em conta que vinha completamente estourado da semana que tinha terminado e ainda um pouco cansado da viagem, deitei-me cedo e não consegui evitar a rotina de acordar cedo a que já me acostumei... Pouco passava das nove da manhã e já estava eu acordado, mas a preguiça falou mais alto e deixei-me ficar aconchegado nos lençóis e nos muitos cobertores que meti na cama mal cheguei a casa na sexta... Tão bem que sabe estar assim na cama, confortável e quentinho, especialmente sabendo que lá fora estava um frio terrível...

Depois de tomar banho e de tomar o pequeno-almoço, fui tentar cortar o cabelo e arranjar uma bracelete para o meu relógio, mas esqueci-me completamente que era feriado! Quando os feriados são em dias de semana toda a gente dá por eles e fica ansiosa que cheguem... Quando calham num sábado ou num domingo passam completamente despercebidos, conforme foi o caso... Já que não consegui cortar o cabelo nem arranjar o relógio, decidi o facto de já estar na Covilhã e ir visitar os meus avós. E pouco tempo depois de ter chegado lá, recebo uma chamada do primo Jorge a pedir-me para ir comprar umas chouriças e aparecer na quinta do tio João José... Maravilha, mesmo a calhar! Depois de muita insistência da minha avó para lá almoçar, lá me consegui escapulir e ir às compras... Fui visitar a prima Ana e lá fui então às compras e partir a todo o gás para a quinta. Depois daquela barrigada já quase nem tinha fome para ir almoçar mas não é por ser magrinho que não se arranja sempre espaço para mais um bocadinho...

Depois de almoço fui trocar de roupa e ala para a quinta novamente, para o magusto dos mil! O ano passado não consegui arranjar maneira de ir ao magusto, mas desta vez não podia faltar! Aliás, este magusto foi a principal causa de eu ter ficado em Lisboa três semanas seguidas e não ter ido até à Covilhã na semana passada... Mas que magusto de doidos: um convívio muito animado entre família, com castanhas assadas em caruma, jeropiga para regar e... muitas enfarruscadelas, tal como manda a tradição! Foi uma maneira de eu entrar em estágio relativamente à minha ida para terras africanas: a minha cara estava quase completamente preta! Bochechas, queixo, testa, orelhas... A única parte que escapou foi a zona em redor dos olhos, mas isso deveu-se claramente ao facto de usar óculos, já que nem estes conseguiram escapar por completo... Depois desta animação toda, veio a parte pior: conseguir lavar toda a sujidade, especialmente as zonas mais difíceis, como as orelhas, por exemplo. No meio daquilo tudo, acho que a única pessoa que realmente escapou ilesa foi a prima Mafalda... Mas também coitada da miúda, só tem 4 meses, logo há-de chegar o tempo dela ser enfarruscada também!
E para o dia continuar bem, depois de jantar fui ver o espectáculo do Quim Roscas e do Zeca Estacionâncio, aqueles dois moços que apresentam o Tele Rural e que em cada palavra conseguem dizer 5 asneiras... Eu já não me ria tanto à muito tempo! Apesar de já conhecer algumas anedotas e músicas que foram contadas/cantadas, a presença deles em palco e a forma como conseguem improvisar naturalmente é notável, pelo que foram quase duas horas seguidas a rir que nem um perdido! E ver tudo aquilo logo em primeira fila contribui para um ambiente ainda melhor e bastante propenso ao riso. Quer um quer outro, pareceram ser pessoas "impecábeis" e bastante acessíveis, pelo menos atendendo à disponibilidade que demonstraram para dar autógrafos e tirar fotografias com a malta, que são os únicos factores que tenho para poder fazer uma afirmação destas... Uma atitude como esta e ainda por cima vinda de pessoal do Norte acabou por não me espantar muito!
E a nível comparativo, já tinha assistido a um Levanta-te e Ri ao vivo à algum tempo atrás mas sinceramente e na minha modesta opinião, estes dois acabam por ser bem mais divertidos. E digo isto porque a coqueluche do Levanta-te e Ri era sem dúvida nenhuma o Fernando Rocha, que em anedotas sem asneiras deixava muito a desejar. O Quim e o Zeca, contrariamente ao Rocha, têm bastante mais capacidade de improviso, tal como se pode ver pelas músicas e, mesmo sem meter rios de palavrões ao barulho, acabam por ter imensa piada na mesma, conforme se comprova através do Tele Rural, que é de uma pessoa se desmanchar a rir... Definitivamente, para mim eles encostam o Rocha a um canto com uma facilidade tremenda!

De seguida, após o espectáculo e depois da sessão de autógrafos e fotos, fomos até ao pavilhão da Anil. Já nem me lembrava que a semana académica da UBI costuma ser no final de Outubro, mais ou menos na mesma altura da semana de engenharia da FEUP... Mas tive azar com as bandas do sábado à noite: David Fonseca e Rita Redshoes... Enfim, ainda estava na disposição de ir caso o bilhete fosse até 10 euros... E com isto aproveito para deixar uma forte crítica à organização desta semana académica, já que os bilhetes são exageradamente caros: 10 euros estudante, 15 euros não estudante... Cambada de gatunos, chulos e chupistas!!! Vão roubar para outro lado... 15 euros para ver David Fonseca? Mas é que nem pensar nisso! É verdade que dias não são dias e que eu provavelmente até conseguiria infiltrar-me com o cartão de estudante da FEUP do ano passado e dar a desculpa que ainda não tinha recebido o cartão novo... Afinal de contas os meus tempos de estudante não estão assim tão distantes! Mas mesmo que eu conseguisse ter um bilhete mais barato, o resto do pessoal não iria conseguir, portanto desistimos da ideia muito rapidamente e nem sequer considerei ficar...

Qual foi então a brilhante ideia? Regressar ao Dominguizo e ir novamente para a quinta do tio João José assar as chouriças que tinham sobrado... Acender um fogão de aquecimento a lenha e ficar ali ao quentinho a comer chouriça assada na brasa com pão e com bebida a acompanhar foi do melhor... Especialmente tendo em conta o frio que se fazia sentir, absolutamente capaz de fazer uma pessoa bater o dente a sério... Já passava um bom bocado depois das 3 da manhã quando decidimos ir embora para casa e aí sim se fez sentir o frio... Um grau era a temperatura que o meu carro registava e, atendendo à camada de gelo que já se via no tejadilho e nos vidros de muitos carros, ia ser uma noite daquelas bem fresquinhas... O João comprovou isso mesmo quando eu o fui levar até ao sítio onde tinha deixado a viatura dele, já que demorou uns bons 10 minutos até conseguir ter visibilidade suficiente para conseguir andar com o carro em segurança...

E o efeito secundário desta noite foi giro... Dado que na quinta não há grande iluminação, resolvi abrir a tampa do telemóvel para aproveitar a luz deste para poder ver um pouco melhor... Azar dos azares, acabei por não reparar que carreguei no botão de chamada sem querer e fiz uma chamada para a pessoa que estava no topo da lista das últimas chamadas... Acabei por ligar para o Ricardo, a pessoa que tem estado a acompanhar o meu trabalho, às 3 e tal da madrugada! Não faço a mínima ideia quanto tempo deixei o telemóvel fazer a chamada, já que só soube do que tinha acontecido hoje à hora do almoço, depois de receber uma mensagem dele a perguntar o que queria no sábado à noite! Espero pelo menos que ele costume dormir com o telemóvel em silêncio e não o ter acordado...

Tenho que começar a deixar o álcool, caso contrário depois acontecem estas surpresas desagradáveis... Ou então tenho que começar a ter mais cuidado quando uso o telemóvel como lanterna, já que por sinal naquela noite não toquei numa única gota de álcool, mais que não seja porque estava a conduzir e isso para mim é um motivo bastante forte e mais que suficiente para não beber!

1 comentário:

Telmo Couto disse...

O Estacionâncio é meu vizinho! (lol)
A tua foto enfarruscada... pá, 5 estrelas!!! XD